Dia de Cruzeiro
Domingo.
Oito da manhã,
O cheiro é de café com queijo.
Uma rápida folheada no jornal do dia.
Temos um desfalque pro combate.
Pelo menos o ponta está bem.
Estou ansioso. Confiante. Hoje tem!
O almoço sai mais cedo...
"Até logo"... beijo na mãe... no pai.
Dinheiro do ônibus no bolso,
Encontro velhos amigos de bancada.
Somos jovens,
Bebemos pra aliviar a ansiedade.
Catalão. Um mar azul de emoção.
A emoção na ponta dos olhos!
Aquelas colunas de concreto.
Aquele cheiro,
O gosto do tropeiro!
Velhos conhecidos se aproximam.
Abraços, gritos de confiança.
O outro lado também veio...
Não! Eles fazem o primeiro.
Raiva! Apreensão!
Não falta apoio. O tempo corre.
E vem a primeira explosão. É nosso!
O abraço do alÃvio,
Vamos virar!
Alguém de azul se embrenha pela esquerda.
Outro se apresenta frente ao guarda redes adversário.
Um foguete é atirado com a testa.
Outra explosão! Dessa vez maior. Infinita!
O concreto balança, o grito é ensurdecedor.
O céu está azul,
As camisetas dançam no ar.
O apito do homem de preto é definitivo.
Hoje é nosso!
Tem festa na rua. Buzinas. Gritaria.
Sorrisos.
Desconhecidos se abraçam.
Tem cerveja pra comemorar a vitória!
O cansaço bate. Outro abraço... o da volta.
"Mãe, chegamos!"
O descanso é merecido.
Amanhã é segunda.
Somos o maior!
Se eu morresse hoje morreria feliz.
Por: Ezequiel Silva - @AraraquarAzul
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