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  • Foto do escritorVinícius Fortunato

O Mano Ball

Mano Ball, o cruzeirense que afirma desconhecer este termo com toda certeza acordou de um coma profundo que durou mais ou menos uns dois anos e meio.


Enfim, para aqueles leigos, Mano Ball é a definição (às vezes em tom pejorativo) do estilo de jogo adotado pelo técnico Mano Menezes à frente do comando técnico do Cruzeiro.

Mano Menezes, Comandante Celeste - Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro


Perto de completar três anos seguidos à frente da Raposa, com mais de 200 jogos, recentemente o treinador celeste passou a marca de 100 vitórias, superou grandes nomes, um deles o icônico, o Bruxo, o saudoso Ênio Andrade.


Citei o senhor Ênio não foi atoa, pra mim ele é um dos grandes símbolos do Cruzeiro copeiro da década de 90, aquele das viradas absurdas, de jogos emblemáticos e do surgimento da lenda de “La Bestia Negra”.

Fiz este paralelo, pois sou muito grato ao nosso atual técnico Mano Menezes. Cresci escutando histórias sobre um time copeiro, em que a camisa pesava, que batia de frente seja contra quem for, quando o assunto era copas. Atualmente estou vendo isso com meus próprios olhos, não preciso de youtube, relatos de parentes e amigos, estou vendo a história sendo feita. Boiadeiro, Douglas, Ademir, Palinha, Ricardinho inspiram Thiago Neves, Henrique, Romero, Robinho e tantos outros. A camisa voltou a pesar o time copeiro voltou a copar.


Como tudo na vida tem um preço, o atual momento do time também tem o seu. Lembram daquele futebol bonito de 2003, 2013, 2014, pois bem, esqueçam. Agora quem sabe aquele futebol de 97, passando nos pênaltis com um goleiro pegando até vento, esse ai tem de sobra.

Para muitos o Cruzeiro abdicou de sua maior essência, o time ofensivo, que encanta, confunde adversário, isso é sem dúvidas o maior motivo de criticas ao treinador Mano Menezes. Existem aqueles Cruzeirenses que não aceitam de forma alguma que seu time jogue no limite, jogue pelo 1x0 e sinceramente eu os entendo, não é fácil olhar no placar, ver 1x0 e seu treinador colocar um terceiro zagueiro aos 35 do segundo tempo, porém por mais opositor que seja o torcedor é difícil não se render a um bicampeonato da Copa do Brasil.


Vejam 2018, parece um roteiro escrito, um plano minucioso em que tudo parece acontecer da forma exata que foi planejada. Acho impossível que algo dessa forma aconteça com um time onde o treinador não tem seus jogadores totalmente em suas mãos.


Recentemente propus em minhas redes sociais um exercício de lembrança. Convido a você que está lendo este texto também realizar este exercício.


Considerando 2017 pra frente, onde Mano Menezes tem um total domínio de seu elenco, tirando a final do Mineiro deste mesmo ano, onde saímos derrotados, quando que a estratégia do nosso treinador não funcionou? Eu sinceramente não me recordo.


Enfim, vida longa ao Mano Ball, vida longa ao Cruzeiro copeiro. Você que assim como eu está tendo o privilégio de ver o Cruzeiro nesta década, aproveite bastante, pois estamos vendo a história ser escrita, assim como nossos pais, tios, amigos mais velhos nos contam da década de 90, estamos presenciando de perto a década atual, que começou com um vice do brasileiro, passou por momentos difíceis e um 6x1, renasceu com um bi do brasileiro e pouco tempo depois um bi da Copa do Brasil.

Quem sabe não fechamos essa década com o tão sonhado Tri, que escapou algumas vezes por diversos motivos, mas talvez seja porque o destino tenha nos preparado um momento único, o ápice de uma geração que honra as cinco estrelas forjadas por italianos lá em 1921, quem sabe o Mano Ball não nos traga a América novamente.


Reconquistar Santiago, reconquistar a América, que o espirito de Batata nos acompanhe o Tri será nosso.


VAMOOOOOOOOOOOO CRUZEIROOOOOOOOOOOO


Por: Vinicius Fortunato - @fortunatoxD




Imagens:

* 2 - Mano Menezes orientando a equipe celeste na partida Tupi 0x3 Cruzeiro pela décima rodada do Campeonato Mineiro 2019, no Helenão em Juiz de Fora. Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro * 3 - Mano Menezes, bicampeão da Copa do Brasil 2018 - Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro




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