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  • Foto do escritorVinícius Fortunato

São Paulo 1x1 Cruzeiro: Podia ser melhor!

Um alento, ou então aquele famoso engana bobo, o fato é que depois de algum tempo parece que o Cruzeiro voltou a jogar bola e mesmo com o empate, o time conseguiu elevar um pouco a moral dos torcedores para o confronto de quarta-feira.


Eu me arrisco a dizer que o Cruzeiro foi amplamente melhor que o São Paulo, o justo seria uma vitória, mas no futebol na maioria das vezes não existe justiça, às vezes a bola entra, às vezes não e ontem por capricho e mais ainda por uma individualidade exagerada ela não entrou e ficamos no empate.

O jogo começou e apesar do clima turbulento o Cruzeiro visualizava um cenário muito favorável na partida. São Paulo em crise e pressionado, torcida ausente (pouco mais de 7 mil presentes) e ainda perdeu o Morumbi para a FIFA. Necessitando dar uma resposta a todos, o time celeste parece ter aproveitado as vantagens oferecidas e começou o jogo em cima do adversário, aos 10 minutos de jogo o time de Mano Menezes apresentava 64% de posse de bola. Tanta posse de bola resultou em dois bons ataques, aos 12 e 13 minutos, mas nada que pudesse alterar o marcador.


O futebol é cercado de ditados populares e um deles é de que “quando a fase não está boa...”. E foi exatamente o que aconteceu, os deuses do futebol agiram novamente e aos 14 minutos da primeira etapa, Pato recebeu uma bola entre três marcadores e finalizou abrindo o marcador. Outra falha defensiva, Dedé tenta dar o bote em Reinaldo que avançou livre de marcação, ele acha o atacante são-paulino no meio de Léo, Cabral e Egídio. Estamos cometendo falhas preocupantes na marcação, isso pode nos prejudicar e muito.


A Raposa voltou a assustar aos 24 minutos, Romero (outra grande partida do volante mais lateral da história), “El Perro” finalizou rasteiro para a grande defesa de Tiago Volpi, a bola insistira em não entrar.

Aos 34, talvez a melhor chance do time celeste no primeiro tempo, escanteio cobrado por Thiago Neves, Dedé subiu e testou firme e novamente outro milagre de Volpi, o goleiro são-paulino ia se consagrando.


A bola até chegou a entrar em uma finalização de Fred, mas o jogador estava em impedimento e o bandeira assinalou a irregularidade corretamente e ao apagar das luzes da primeira etapa, Cabral teve grande oportunidade, após um excelente cruzamento de Marquinhos Gabriel, o argentino sozinho cabeceou mal e perdeu a última chance do primeiro tempo, com isso o time de Mano Menezes foi para o vestiário amargando a derrota apesar do amplo domínio.


O segundo tempo iniciou da mesma forma, Cruzeiro em cima tentando o empate e logo aos 4 minutos, Fred fez grande jogada, a bola chegou a Thiago Neves, o meia finalizou pressionado pela marcação e acabou isolando a bola, outra grande chance desperdiçada.


O Cruzeiro poderia ter empatado o jogo logo em seguida, quando aos 7 minutos Romero teve uma finalização desviada pela marcação, a bola tocou na mão do defensor, porém o juiz não deu nem escanteio e mesmo com o recurso do VAR não assinalou a penalidade. Na minha opinião um pênalti claro que o VAR deve assinalar, não havia nem interpretação, bola pega na mão, pênalti.


Aos 13 minutos mais uma chance, dessa vez a bola entrou, Fred novamente mandou a bola para o fundo das redes, porém mais uma vez em impedimento assinalado corretamente, o time celeste amassava o São Paulo dentro de seus domínios, porém o gol insistia em não sair.


Imagino que grande parte da torcida já se conformava com mais uma derrota, a fase é tão tenebrosa que mesmo jogando bem o gol não saía, porém como diria uma bela música do Skank “se a sorte lhe sorriu, porque não sorrir de volta?” Falta para o Cruzeiro, 22 da segunda etapa, Thiago Neves que vinha fazendo uma partida abaixo, apesar de bem esforçada acertou o ângulo de Volpi, essa aí não tem má fase que atrapalhe entrar. O Cruzeiro mais que merecidamente empata a partida, 1x1.

Jogadores e comissão técnica comemoram o gol de empate marcado por Thiago Neves.


Depois do empate um festival de gols perdidos para matar qualquer cruzeirense do coração, e a mais absurda aconteceu aos 26 minutos, quando David recebeu um passe mágico de Robinho, o camisa 11 poderia ter tomado inúmeras decisões e uma delas seria rolar a bola para Fred que estava COMPLETAMENTE SOZINHO, mas o atacante não tocou, não chutou e foi desarmado pelo goleiro.


Mano trocou Cabral por Lucas Silva e apesar das críticas ao argentino, o time celeste viveu seu pior momento na partida após a mudança, a bola rebatida da área deixou de ser nossa, perdemos a posse de bola no meio campo e foi cerca de 10 minutos de pressão do time do paulista.


A pressão cedeu quando aos 48 minutos David recebeu grande bola de Sassá, o atacante ganhou do marcador na corrida e assim como em 2000 a única alternativa do marcador foi a falta. Cartão vermelho para Igor Vinícius. Uma pena que na cobrança de falta não fizemos o gol como em 2000.


Ainda dava tempo de passar mais raiva, aos 52 e aos 53 minutos da etapa complementar. Na primeira oportunidade Egídio de frente para o goleiro finalizou para a defesa do arqueiro, novamente podia ter optado pelo passe. Na segunda oportunidade, Marquinhos Gabriel recebeu na área, era só escorar para Sassá de frente para o gol, mas o meia tentou a finalização e foi travado pelo zagueiro, foi a última oportunidade da partida, seria o gol da justiça, mas o juiz apitou o fim de jogo.


O empate apesar de não ser o melhor resultado deu uma animada nos torcedores, muito disso em função do bom futebol apresentado pela equipe.


O Cruzeiro volta a campo na quarta, contra o Fluminense, o jogo vale muito, vale a classificação para as quartas de finais e o mais importante, vale a tranquilidade de encerrar o primeiro semestre e chegar a parada para a Copa América classificado nos dois torneios mata a mata e utilizar o tempo para corrigir os erros para o segundo semestre.


Você que está descontente, que quer a saída de Wagner e Itair, não deixe de ir a campo, não confunda as coisas, os errados são eles, não o Cruzeiro. Nosso time merece e precisa do seu apoio, hora de carregar o clube nas costas torcedor, para cima deles. Se quarta-feira a bola teimar e não entrar igual ontem, vamos nós fazer esse gol. Com o Cruzeiro sempre.


VAMOOOOOOOOOOO CRUZEIROOOOOOOOOOO!

FICHA TÉCNICA: SÃO PAULO 1 X 1 CRUZEIRO Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP) Data/hora: 2/6/2019, às 16h (de Brasília) Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC) Assistentes: Kleber Lucio Gil (SC) e Thiaggo Americano Labes (SC) Árbitro de vídeo: Heber Roberto Lopes (SC) Renda/público: R$ 297.639,00/7.853 pagantes Cartões amarelos: Tchê Tchê e Marcos Calazans (SAO); Robinho, Thiago Neves e Ariel Cabral (CRU) Cartão vermelho: Igor Vinícius 48'/2ºT (SAO) Gols: Alexandre Pato, 14'/1ºT (1-0) e Thiago Neves, 22'/2ºT (1-1) SÃO PAULO: Tiago Volpi, Hudson (Igor Vinícius 33'/2ºT), Bruno Alves, Anderson Martins e Reinaldo; Luan, Tchê Tchê e Hernanes (Igor Gomes intervalo); Vitor Bueno (Marcos Calazans 33'/2ºT), Toró e Alexandre Pato. Técnico: Cuca. CRUZEIRO: Fábio, Lucas Romero, Dedé, Léo e Egídio; Henrique, Ariel Cabral (Lucas Silva 27'/2ºT) e Thiago Neves (David 23'/2ºT); Robinho, Marquinhos Gabriel e Fred (Sassá 41'/2ºT). Técnico: Mano Menezes.



Por: Vinicius Fortunato - @fortunatoxD

Edição: Renata Batista - @Re_Battista

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