Cruzeiro 0(2) x (4)0 River Plate: De cabeça inchada em uma noite que o Mano Bowl não deu certo
Fala, Nação Azul!
Não irei desejar um bom dia (boa tarde ou boa noite) para quem está lendo este pós jogo, pois estamos todos de cabeça inchada depois desta eliminação.
Sem mais delongas, ou lamentações, vamos falar do jogo, que é o que interessa.
O jogo começou sem surpresas, alá Mano Bowl e não entendam isso em tom pejorativo, apesar de não ser a favor do estilo de jogo do Mano, eu respeito bastante. Fato é que Robinho não estava 100% e o treinador celeste optou pela formação que havia terminado o jogo na Argentina e convenhamos, o time havia melhorado com esta formação.
Já nos primeiros minutos todos já percebiam que seria mais um jogo daqueles, Cruzeiro recuou todas suas linhas, ficou totalmente no campo de defesa e deixava a bola com o River. Gallardo tentou surpreender e colocou o meia Carrascal aberto pela esquerda de seu ataque, isso fez com que os “millionários” inicialmente forçassem bastante os ataques pelo lado direito da defesa celeste isso sobrecarregou muito o Orejuella, que teve um início de partida bem complicado.
A bola pouco chegava ao campo de ataque, o Cruzeiro apesar de jogar claramente por contra-ataque não conseguia efetuar sua estratégia e aí eu vejo alguns motivos. Primeiro e mais importante de tudo, Marcelo Gallardo é o melhor treinador da américa disparado. Em vez de forçar o ataque pelo lado esquerdo que era o mais fraco da Raposa, o time argentino optou por forçar o ataque pelo lado direito e com isso tirou uma das principais válvulas de escape celeste, Orejuella pela direita. Segundo é que os atacantes do Cruzeiro desde a Argentina tomavam muitas decisões erradas, principalmente o Pedro Rocha e ontem até o Marquinhos Gabriel.
A bola quase não chegava ao Thiago Neves, as duas que chegaram aos 3 e aos 15 minutos do primeiro tempo quase gol, principalmente essa segunda, onde o camisa 10 achou Pedro Rocha na área e o atacante finalizou e a bola tocou a trave, melhor chance do Cruzeiro no jogo.
Aos 18 e 28 minutos Egídio cometeu dois erros que acabaram “coroando” a PESSÍMA atuação do lateral na primeira etapa, como o camisa 6 parece sentir estes jogos mais importantes, impressionante. Para elucidar os dois lances, o primeiro o lateral cruzeirense perdeu a bola no meio campo ao tentar dar um passe vertical (alô Egídio, na escolinha de futebol, com 10 anos a gente aprende a não atravessar bola rasteira na frente da área), na segunda perdeu o tempo de bola bisonhamente e a bola sobrou para o ataque argentino, em ambas tentativas a zaga celeste salvou o Cruzeiro de tomar o gol.
O primeiro tempo acabou com Henrique e Cabral fazendo uma grande partida, Romero meio sumido por ter que fazer o papel de Robinho, Dedé e Leo mais uma vez monstros e o setor ofensivo inoperante.
O Segundo tempo começou da mesma forma do primeiro, River com a bola, Cruzeiro em seu campo de defesa (o River chegou a ter 70% de posse de bola no primeiro tempo). O filme do jogo só começou a mudar aos 15 minutos da etapa complementar, quando Robinho entrou no lugar do Cabral. O meia trouxe mais criatividade ao time celeste, fez o Romero crescer absurdamente no jogo e para melhorar mais ainda o cenário, o River que estava fazendo seu terceiro jogo no ano pregou e começou a recuar suas linhas e incomodar menos o Cruzeiro.
Aos 26 minutos, Fred entrou no lugar de Pedro Rocha, eu acho que está substituição veio até tarde. O camisa nove até entrou bem na partida, fez um bom pivô e aos 36 minutos deu um excelente passe para Marquinhos Gabriel, era a chance do jogo, mas o meia atacante resolveu dar mais um drible e acabou desarmado, era a chance que o time cruzeirense precisava para matar a partida.
Depois disso pouco aconteceu, River totalmente entregue pelo cansaço e o Cruzeiro parecia esperar os pênaltis e para nosso azar eles chegaram.
Na cabeça dos mais de 55 mil torcedores que estavam no Mineirão seria mais uma noite de Fábio, porém não é todo dia que Santo de casa faz milagres e para piorar Henrique e David bateram as penalidades pessimamente, e com o placar de 4x2 nos pênaltis o Cruzeiro adiava mais uma vez o sonho do tricampeonato continental.
O estilo de jogo do Mano não me agrada nenhum pouco, mas eu sempre respeitei, estava dando certo, um dia iria dar errado.
O time vem de uma fase muito complicada e isso deve ser creditado ao treinador, mas os jogadores também devem ser responsabilizados por isso.
Enfim, que venha o Inter, que a Copa do Brasil mais uma vez sirva para salvar nosso ano. De cabeça inchada, muito puto com Mano, jogadores e diretoria, mas ainda fechado com o Cruzeiro e acreditando que o Hepta pode se tornar realidade.
Reage Cruzeiro, como diz a musica “mais um torneio e essa torcida aqui contigo, te apoiaremos de coração, com essa torcida tu serás o campeão”.
VAMOOOOOOOOOOO CRUZEIROOOOOOOOOOO!
SÚMULA DA PARTIDA: CRUZEIRO 0 (2)X(4) 0 RIVER PLATE
Motivo: jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte
Data: terça-feira, 30 de julho de 2019
Árbitro: Roberto Tobar (Chile)
Assistentes: Claudio Ríos e Alejandro Molina (ambos do Chile)
VAR: Nicolas Gallo (Colômbia)
Público: 55.567
Renda: R$ 2.464.451,00
Cartões amarelos: Lucas Romero, aos 31min do 2ºT (CRU); Enzo Pérez, aos 18min, Carrascal, aos 34min do 2ºT (RIV)
Pênaltis: Robinho e Fred marcaram para o Cruzeiro, enquanto Armani defendeu os chutes de Henrique e David. De la Cruz, Montiel, Martínez e Borré fizeram os gols do River, que venceu por 4 a 2.
CRUZEIRO: Fábio; Orejuela, Dedé, Leo e Egídio; Henrique, Lucas Romero e Ariel Cabral (Robinho, aos 14min do 2ºT); Thiago Neves, Marquinhos Gabriel (David, aos 40min do 2ºT) e Pedro Rocha (Fred, aos 26min do 2ºT)
Técnico: Mano Menezes
RIVER PLATE: Franco Armani; Gonzalo Montiel, Lucas Martínez, Robert Rojas e Milton Casco; Leonardo Ponzio (Exequiel Palacios, no intervalo), Enzo Pérez, Jorge Carrascal e Ignacio Fernández (De la Cruz, aos 25min do 2ºT); Rafael Borré e Lucas Pratto (Matías Suárez, aos 20min do 2ºT)
Técnico: Marcelo Gallardo
Por: Vinicius Fortunato - @fortunatoxD
Imagens: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Edição: Renata Batista - @Re_Battista
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