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  • Foto do escritorEzequiel Silva

Fenomenal é o Fábio!

Vai levar um bom tempo para digerir o que aconteceu na noite deste 5 de janeiro de 2022. Fábio, um dos maiores ídolos da história do Cruzeiro Esporte Clube, dispensado pela nova diretoria - a SAF.


O futebol já se provou cruel inúmeras vezes. É um esporte que não respeita certos limites, princípios, valores. Além de ser imprevisível, na maioria das vezes. Mas o que os comandados de Ronaldo (leia-se Paulo André, Pedro Martins e Cia) acabam de cometer, extrapola os limites do universo do próprio futebol. É imensurável o que eles fizeram.


Não se trata ídolos, heróis, nomes de peso, como Fábio foi tratado, saindo escorraçado do clube ao qual dedicou 16 anos de sua vida, onde criou família, fez amigos e ganhou o respeito de uma nação de torcedores. Um jogador que recusou propostas do rival e de clubes europeus para seguir se dedicando ao Cruzeiro.


Na história do Cruzeiro, Fábio está no mesmo patamar dos Fantoni, de Geraldo II, de Tostão & Dirceu, de Zé Carlos, Ricardinho... merecia muito mais. Merecia uma despedida digna, uma grande festa, merecia chegar aos 1000 jogos pelo clube. Marca essa alcançada no Brasil apenas por três atletas, em toda a história do futebol nacional: Pelé, Dinamite e Ceni, apenas. Futebol para isso ele tem.


Foto: Reprodução/Internet


Mas a "gestão sustentável" imposta pelos novos chefes não permite sentimentos, como a gratidão ou o respeito. O "bom senso", disseminado por aí pelo novo mandatário do nosso departamento de futebol, também não tem espaço nessa inovadora visão de negócios.


Visão essa que já vinha provando-se falha, ao não incluir Fábio na capa do plano de captação de sócios torcedores, ao não colocá-lo como garoto propaganda da retomada do Cruzeiro rumo à glória do acesso, ao não usar a imagem dos seus mil jogos como chamariz para um grande evento que certamente encheria o Mineirão, como a nossa torcida já fez em incontáveis jornadas.


O futebol moderno é ingrato, desprovido de coração. A paixão dá lugar ao dinheiro bruto. Sabemos que não se faz futebol sem dinheiro, mas é ainda mais importante saber que não se faz futebol sem paixão.


Que os responsáveis por esse vexame histórico venham a público explicar aos seus milhões de clientes - pois é assim que eles nos vêem - os motivos que os levaram a tomar tão imbecil decisão.


Se somos seus clientes, consumindo o programa de sócios, comprando a camisa do Ronaldo, pagando ingressos, desejo que o meu direito de consumidor seja respeitado como tal e que explicações cabíveis (!) cheguem ao conhecimento da torcida.


Por fim, repito: fenomenal é o Fábio! Os homens de gravata que o humilharam hoje são apenas contadores de dinheiro. Porque, de futebol, eles não entendem nada.


Abraço (revoltado) aos amigos e amigas do DebateZeiros.



Por: Ezequiel Silva - @ezequielssilva89

Edição: Renata Batista - @Re_Battista


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