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  • Foto do escritorEzequiel Silva

Degrau a degrau

Ainda é cedo para dizer que temos um time aguerrido, quando não temos nem mesmo uma equipe titular formada? Claro que sim! Principalmente após a péssima atuação no primeiro tempo em Poços de Caldas, e da inoperância no jogo anterior, contra o América-MG. Porém, depois de três temporadas assistindo e amargando times passivos, tivemos um pequeno alento dos frutos que podem render a intensidade injetada pela equipe de Paulo Pezzolano na Toca da Raposa II.


Há muito tempo, não víamos um triunfo tão vibrante do Cruzeiro, como o do último final de semana sobre a Caldense. Vitória difícil, arrancada com muito trabalho e suor, contra uma equipe bem ajustada. Um jogo para “formar caráter” de time e um bom teste para o que nos espera ao longo da temporada, principalmente na Série B.


Confesso que, diante dos fatos ocorridos nos últimos jogos (gol anulado, expulsões, cartões em excesso etc), levei alguns segundos esperando a validação do tento de Edu pelos árbitros, para então comemorar. Não espero nada de positivo das equipes de arbitragem escaladas para os jogos do Cruzeiro no estadual. É uma espécie de precaução interna diante do cenário quase sempre negativo.


A confirmação do gol veio, e minutos depois, também a validação da vitória. Gol de artilheiro nato, digno dos maiores que vestiram a camisa do Palestra/Cruzeiro. Se existe um jogador que eu torço nesse elenco do Cruzeiro, esse cara é o Edu. Ele mesmo confessa que jogar no Maior de Minas é a grande chance de sua carreira, aos vinte e oito anos de idade. A alegria dele se transforma em motivação e contagia a torcida, que se enche de esperança.


O Cruzeiro não é brilhante, não encanta, mas é batalhador. É latente a disposição dos jogadores, a confiança deles no projeto e como estão em sinergia com o pensamento da torcida, que apoia mais do que nunca. Diferente das temporadas anteriores, ainda que sejam necessários alguns ajustes na parte psicológica, o time mostra que derrota nenhuma será entregue facilmente e que cada vitória será valorizada como um degrau a mais na escalada rumo ao acesso à Série A, em novembro.


Pezzolano não esconde de ninguém que o estadual é um laboratório, que ele fará sim testes e mais testes até encontrar a equipe considerada ideal por ele e seus pares. Para a torcida, a palavra de ordem é paciência. Mas, cá entre nós, não faltando disposição as coisas tendem a fluir muito em breve para o lado bom.


Que não seja mais um ano de ilusões. Espero que o time encaixe e que Edu (principalmente) tenha faro de gol apurado e seja o artilheiro que há tanto esperamos aterrissar pelos lados da Pampulha. Fomos acostumados a nomes como Niginho, Dirceu, Joãozinho e Marcelo Ramos dentro da área. Ídolos de gerações e referências para o novato Edu, que chega com credencial para um dia emparelhar-se às lendas citadas. Que a zica se afaste, e que a profecia se cumpra.


Vamos, Cruzeiro!


Um abraço aos amigos do DebateZeiros.





Por: Ezequiel Silva - @ezequielssilva89

Edição: Renata Batista - @Re_Battista


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