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  • Foto do escritorEzequiel Silva

Degrau a degrau

Ainda é cedo para dizer que temos um time aguerrido, quando não temos nem mesmo uma equipe titular formada? Claro que sim! Principalmente após a péssima atuação no primeiro tempo em Poços de Caldas, e da inoperância no jogo anterior, contra o América-MG. Porém, depois de três temporadas assistindo e amargando times passivos, tivemos um pequeno alento dos frutos que podem render a intensidade injetada pela equipe de Paulo Pezzolano na Toca da Raposa II.


Há muito tempo, não víamos um triunfo tão vibrante do Cruzeiro, como o do último final de semana sobre a Caldense. Vitória difícil, arrancada com muito trabalho e suor, contra uma equipe bem ajustada. Um jogo para “formar caráter” de time e um bom teste para o que nos espera ao longo da temporada, principalmente na Série B.

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro


Confesso que, diante dos fatos ocorridos nos últimos jogos (gol anulado, expulsões, cartões em excesso etc), levei alguns segundos esperando a validação do tento de Edu pelos árbitros, para então comemorar. Não espero nada de positivo das equipes de arbitragem escaladas para os jogos do Cruzeiro no estadual. É uma espécie de precaução interna diante do cenário quase sempre negativo.


A confirmação do gol veio, e minutos depois, também a validação da vitória. Gol de artilheiro nato, digno dos maiores que vestiram a camisa do Palestra/Cruzeiro. Se existe um jogador que eu torço nesse elenco do Cruzeiro, esse cara é o Edu. Ele mesmo confessa que jogar no Maior de Minas é a grande chance de sua carreira, aos vinte e oito anos de idade. A alegria dele se transforma em motivação e contagia a torcida, que se enche de esperança.

Atacante Edu. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro


O Cruzeiro não é brilhante, não encanta, mas é batalhador. É latente a disposição dos jogadores, a confiança deles no projeto e como estão em sinergia com o pensamento da torcida, que apoia mais do que nunca. Diferente das temporadas anteriores, ainda que sejam necessários alguns ajustes na parte psicológica, o time mostra que derrota nenhuma será entregue facilmente e que cada vitória será valorizada como um degrau a mais na escalada rumo ao acesso à Série A, em novembro.


Pezzolano não esconde de ninguém que o estadual é um laboratório, que ele fará sim testes e mais testes até encontrar a equipe considerada ideal por ele e seus pares. Para a torcida, a palavra de ordem é paciência. Mas, cá entre nós, não faltando disposição as coisas tendem a fluir muito em breve para o lado bom.


Que não seja mais um ano de ilusões. Espero que o time encaixe e que Edu (principalmente) tenha faro de gol apurado e seja o artilheiro que há tanto esperamos aterrissar pelos lados da Pampulha. Fomos acostumados a nomes como Niginho, Dirceu, Joãozinho e Marcelo Ramos dentro da área. Ídolos de gerações e referências para o novato Edu, que chega com credencial para um dia emparelhar-se às lendas citadas. Que a zica se afaste, e que a profecia se cumpra.


Vamos, Cruzeiro!


Um abraço aos amigos do DebateZeiros.





Por: Ezequiel Silva - @ezequielssilva89

Edição: Renata Batista - @Re_Battista


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