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  • Foto do escritorJoão Chiabi Duarte

NOSSO 38º TÍTULO – TAÇA LIBERTADORES DA AMÉRICA DE 1997

A CONSTRUÇÃO DE UM TRABALHO VITORIOSO - Um título continental não se constrói apenas dentro de campo. O trabalho de bastidores tem um peso fundamental e isto o Cruzeiro já havia aprendido na década de 70, quando sob a batuta da dupla Felício Brandi e Cármine Furletti, o Cruzeiro conseguiu entender que precisava estar atento aos mínimos detalhes fora de campo, para que um trabalho de conquista de título fosse alcançado.


A omissão diante de um pequeno fato pode causar estragos inimagináveis. E neste quesito, o Cruzeiro sempre teve pessoas muito atentas, já descrevemos aqui como Felício Brandi conseguiu o lado com sombra para a nossa torcida no Mineirão, colocando 600 bandeiras cruzeirenses espalhadas nas arquibancadas do lado do gol da cidade, o que induziu os cacarejantes a procurarem o lado do sol, logo no primeiro clássico da era Mineirão. Mas, se a gente pretende falar da nossa marcante conquista da Libertadores de 1997, não há como não falar da célebre passagem do aeroporto de Guayaquil no Equador, logo após a derrota para o El Nacional pelo placar mínimo, pelas oitavas de final daquela competição.


É preciso lembrar o caminho turbulento enfrentado pelo Cruzeiro na primeira fase, pois perdera do Grêmio no Mineirão por 2x1 ainda comandado por Oscar Bernardi, e as duas partidas em Lima para o Alianza Lima e Sporting Cristal, ambas por 1x0, agora já com Paulo Autuori como técnico. No returno derrotamos o Grêmio no Olímpico com gol de Palhinha II e defesas sensacionais do São Dida, e demos o troco nos peruanos no Mineirão com 2x0 sobre o Alianza Lima e com um 2x1 mirrado sobre o Sporting Cristal.


Palhinha II havia sido peça decisiva nos jogos do returno e ostentava o posto de estrela da constelação cruzeirense. Pois bem, o Cruzeiro havia perdido o jogo para o El Nacional e para complicar tomava um sonoro chá de aeroporto em Guayaquil, quando Palhinha começou a dar uns chilique e exclamou em voz um pouco mais alta : “isto acontece porque é o Cruzeiro, se fosse o São Paulo, não estaríamos parados neste lugar feio, teriam fretado um jatinho pra nos levar de volta para casa mais cedo e sem ter que passar por esta longa espera”... Zezé Perrela ao escutar a reclamação interrompeu a conversa que tinha com alguns conselheiros e repórteres e elevando um pouco a voz, colocou o dedo em riste em direção ao Palhinha II e disse : “ah! Você prefere o São Paulo, então volte para lá...passe na tesouraria do Cruzeiro no primeiro minuto após a gente voltar de viagem e vamos rescindir o seu contrato, onde aliás não está expresso que você tem que viajar de jatinho, que tem que trabalhar com Moraci e com Telê Santana...isto aqui é o Cruzeiro, um clube que é mais importante que todos nós que aqui estamos, onde a disciplina é um valor importante e dela não abrimos mão...e saiba que já ganhamos vários títulos sem os nossos melhores jogadores em campo e podemos ganhar mais este sem você, saiu de perto e não deu chances à tréplica do Palhinha e nem de jogador nenhum”.


Prevendo que aquele conflito prejudicaria somente o Cruzeiro, o Dr. Marco Aurélio então Presidente do Conselho Deliberativo, tentou amenizar o fato e ouviu um sonoro não do Zezé Perrela. O ambiente na viagem de volta estava péssimo, quando o Dr. Djalma José Fernandes, um grande cruzeirense, sábio conselheiro, puxou conversa com o Zezé e ouviu dele, com coração generoso, que se de público o Palhinha pedisse desculpas a todos, a coisa poderia ser contornada. O craque reconheceu a pisada na bola e o fato que tinha tudo para estragar as chances de conquista, acabou por unir de vez o time, suas lideranças, a torcida e a direção do clube. Foi a postura firme do líder que governou todos os passos daquele time rumo ao título. Ganhamos o jogo da volta por 2x1 e nos pênaltis tinha a garantia do Dida. Pegamos o Grêmio de novo nas quartas e ganhamos de 2x0 no Mineirão, perdemos de 2x1 no Olímpico, mas, o gol de raça de Fabinho foi fundamental. Após abrir o placar, só não passaríamos de fase se tomássemos quatro gols no sul. O Grêmio até virou o jogo com Mauro Galvão e Zé Alcino, mas, o Cruzeiro passou de fase.


Nas semifinais, um magro 1x0 contra o Colo-Colo no Mineirão e um drama na volta em Santiago. Fizemos 1x1, mas, levamos mais 2 gols após ficarmos com 10 em campo.


Porém, Cleisson diminuiu para 3x2 numa jogadaça de Marcelo Ramos e nos pênaltis Dida catou três cobranças, com o Cruzeiro fechando a série de cobranças com um 4x1 (conforme eu havia previsto para todos os meus companheiros de viagem ao Chile, no Valle Nevado tomando a minha Coca Cola enquanto os amigos bebiam o vinho nacional)...Era a realização do sonho... Estávamos na final. Lembro até hoje que tivemos que atravessar o campo de jogo e o placar mostrava 7x4, o agregado dos gols dos dois jogos, mais o resultado das cobranças de pênalti.

Ficamos presos no estádio até quase 4 horas da manhã, um frio violento, mas, a alma lavada. E vi o grande dirigente Zezé Perrela ser cercado pelos jogadores e ali mesmo nos vestiários de Santiago do Chile reunir com os atletas e definir a questão de premiação pela conquista de título. Mais uma vez, detalhes que fizeram toda a diferença na conquista.


Um empate em Lima de 0x0 e novo drama no jogo de volta em Belo Horizonte, pois, se a gente tomasse um gol, título só viria com vitória. Qualquer empate levaria a decisão para a marca dos pênaltis. A segurança que a torcida celeste tinha era que no nosso gol estava Dida, sem dúvida o maior responsável pela conquista e se fosse para os pênaltis, com certeza ele pegaria no mínimo duas cobranças, pois vivia uma fase realmente espetacular.


☻ E o SPORTING CRISTAL...como chegou às finais ? - a equipe peruana caiu no grupo 04, junto com Alianza Lima, Grêmio e Cruzeiro. O Sporting Cristal terminou em terceiro lugar no grupo, após vencer dois jogos (1×0 contra Grêmio e Cruzeiro, ambos em casa), empatar dois (0x0 dentro de casa e 1×1 fora de casa, ambos os jogos contra o Alianza Lima) e perder dois jogos (ambos fora de casa, 2×0 para o Grêmio e 2×1 para o Cruzeiro), classificando-se para os mata-matas.


Nas oitavas, o Sporting Cristal bateu o Vélez Sarsfield, após empate em casa, no Estádio Nacional, com isto, foram até a Argentina buscar a classificação, vencendo por 1×0.


Nas quartas de final, eliminaram o Bolívar, após perder a ida fora de casa por 2×1 e vencer em casa por 3×0.


Já nas semifinais, passaram pelo Racing Club de Avellaneda, em mais uma virada, aonde perderam o jogo de ida na Argentina por 3×2 e reverteram o resultado em casa, vencendo por 4×1, chegando a grande final.


Cruzeiro 1x0 Sporting Cristal: Das cinzas à glória – Quando a bola rolou no Mineirão, a expectativa era de ver o Cruzeiro amassar o adversário, mas foi um jogo muito mais duro do que se poderia imaginar. A torcida ainda não sabia, mas, Palhinha estava vendido ao Mallorca da Espanha e Paulo Autuori já havia assinado contrato para dirigir o Flamengo, independente do resultado daquela final.


Os primeiros 15’ foram de intenso nervosismo, erros de passe, jogo truncado, faltoso. Depois desta fase inicial o Cruzeiro se assentou mais no campo de jogo e embora não tivesse a supremacia e controle de jogo, conseguiu criar algumas situações de jogo permitindo muito pouco ao Sporting Cristal, que demonstrava claramente jogar por uma bola, adotando a mesma estratégia que usou para eliminar o Velez Sarsfield em Buenos Aires depois de ter empatado por 0x0 em Lima (Peru). E a tal chance apareceu aos 19’ da etapa final e se não fossem as duas defesas de Dida, a estas horas, o Cruzeiro não teria atingido a sua conquista.


Felizmente, a boa atuação de Elivelton, nosso melhor jogador naquela partida final, foi coroada aos 30’ da etapa final, quando aparando um rebote da defesa peruana, chutou de pé direito, de fora da área e contou com a inestimável colaboração do goleiro Balério para balançar as redes e fazer o gol da vitória.

Elivélton comemora após marcar o gol da vitória e do título do Cruzeiro em 1997 — Foto: Reprodução/TV Globo

Dali para a frente, o Cruzeiro administrou o placar e por pouco não o ampliou já nos descontos quando Marcelo Ramos perdeu grande chance, após passe genial de Palhinha. E vi o Mineirão explodir de alegria, num foguetório incrível, quando Javier Castrilli, apitou o fim de jogo.

OS LANCES MAIS RELEVANTES DA PARTIDA


☻ 13’ – Solano arrisca o chute da intermediária, fácil defesa de Dida.


☺ 17’ – Palhinha passa a Nonato que vê o deslocamento de Elivelton pela esquerda e lhe dá o passe, o goleiro sai do gol é coberto, mas, infelizmente a bola vai para fora.


☻ 20’ – Falta de Fabinho em Solano na entrada da área. Ele mesmo cobra, bola na barreira.


☺ 22’ – Marcelo Ramos recebe de Palhinha, faz o pivô, tabela com Donizete Oliveira que chuta forte, mas, a bola vai para fora, por cima do gol de Balério.


☺ 27’ – Ricardinho e Donizete Oliveira trocam passes e a bola sobra para Marcelo Ramos que gira e chuta para defesa do goleiro do Sporting Cristal.


☺ 35’ – QUE BOMBA – Ricardinho recupera a bola na defesa do Cruzeiro e toca a Nonato, que dá para Elivelton que gira em cima do marcador e cruza, a defesa afasta parcialmente e Donizete Oliveira apara de primeira, solta a perna e obriga Balério a uma grande defesa, espalmando a bola a corner.


☺ 36’ – Palhinha cobra o córner, a defesa espana e Elivelton pega de direita, a bola vai fraca no meio do gol e Balério defende.


☻ 41’ – Gottardo disputa a bola com Bonett, que desaba ao sentir o toque do nosso beque. O juiz dá a falta, um escanteio de mangas curtas. Solano chuta forte, em curva, buscando o ângulo direito do gol do Cruzeiro. Dida, de mão de gato, desvia a córner.


◘ 45’ + 2’ – FIM DO PRIMEIRO TEMPO.


☺ 49’ – Elivelton não espera por Palhinha e bate o córner, Gélson disputa no alto e a bola sobe muito e vai para fora, cobrindo a rede.


☺ 51’ – Vitor na raça ganha a bola na direita e cruza, ninguém alcança pelo meio. Palhinha recupera na esquerda e põe de novo na área. Donizete Oliveira cabeceia para fora.


☺ 54’ – Elivelton ganha na corrida e cruza, o beque Astreggiano desvia e a bola se oferece para Palhinha, livre, no segundo pau. Mas, ele pega mal na bola e perde chance clara de gol.


☻ 59’ – Numa rara chegada, o Cristal troca passes e Julinho passa a Soto que chuta fraco para defesa fácil de Dida.


☻ 64’ – O MILAGRE DE SÃO DIDA – Donizete Oliveira vacila e faz falta em Bonnet. Solano cobra forte a bola desvia na barreira e Dida defende com dificuldade. O rebote cai para Julinho que chuta, mas, Dida opera milagre com o pé direito e evita o gol dos peruanos. Viva São Dida.

Defesa de Dida.

☺ 75’ – GOOOOL DO CRUZEIRO - Elivelton arranca pelo meio e vai deixando o time peruano todo para trás, mas, vacila e não dá a bola para Palhinha que penetrava livre pelo lado direito do ataque, dá tempo do lateral lhe fazer a falta por trás. Marcelo Ramos cobra a bola desvia na barreira e vai a córner. Nonato não espera por Palhinha e bate. A bola viaja muito e a zaga tira. Elivelton vem na corrida e chuta de direita, a bola passa por um amontoado de pernas e quando Balério tenta reagir já é tarde. A bola beija a bochecha da rede do lado direito de Balério e o Mineirão explode. Elivelton corre igual a um louco em direção ao túnel do Cruzeiro e a gargalhada de Carlos César Franco Gomes (Pinguim) ecoa no Mineirão. O estádio balança cantando Lê, Lê, Lê, Ô, Cruzeiro Eu Sou... A torcida faz linda festa e balança as camisas, agita as bandeiras e a festa começa pra valer... CRUZEIRO 1x0 SPORTING CRISTAL.

Cruzeiro 1x0 Sporting Cristal: a festa nas arquibancadas do Mineirão

☻ 78’ – Julinho chuta da intermediária. Dida defende fácil


☺ 85’ – Num lance de córner a bola acaba recuperada por Gotardo, que rola para Vitor que cruza. Nonato disputa no alto com a defesa peruana. Bola vai para fora.


☺ 90 + 1’ – QUE CHANCE - Marcelo Ramos avança de trás, passa por Soto e toca em Palhinha, que com extrema classe enfia o pé sob a bola e deixa Marcelo Ramos cara a cara com Balério. Ele cobre o goleiro, porém, a bola caprichosamente vai para fora, na rede, pelo lado de fora.


◘ 90’ + 3’ – FIM DO JOGO – CRUZEIRO BICAMPEÃO – Ah! Eu tô maluco.


Já era 14 de Agosto quando Wilson Gottardo levantou a taça e a festa se espalhou pelas ruas de Beagá num buzinaço incrível, foguetório e festa que varou a madrugada.

Wilson Gottardo levanta o troféu de campeão da competição continental em 1997

Os Bicampeões Celestes são:


♦ GOLEIROS – Dida (jogou todas), Harlei Menezes, Jean e Rodrigo Posso.

♦ LATERAIS – Vitor, Marcos Teixeira e Nonato

♦ ZAGUEIROS – Célio Lúcio, Rogério, Gélson Baresi e Wilson Gottardo

♦ VOLANTES – Donizete Oliveira, Fabinho, Reginaldo, Ricardinho, Donizete Amorim e Léo

♦ MEIAS – Palhinha, Cleisson, Elivelton, Tico e Caio

♦ ATACANTES – Reinaldo, Ailton, Alex Mineiro, Da Silva e Marcelo Ramos


☻ A SÚMULA DO JOGO: CRUZEIRO 1x0 SPORTING CRISTAL (PERU)


♦ MOTIVO: 2ª Partida das Finais da Copa Libertadores de América de 1997

♦ Local, Data, Hora: Mineirão, Belo Horizonte, 13/08/1997, 21:50 h.

♦ ARBITRAGEM – Javier Castrilli + Luiz Olivetto e Gerardo Bertoni, com ótima atuação.

♦ CARTÕES AMARELOS: FABINHO e NONATO (CRUZEIRO), SOLANO e RIVERA (S. CRISTAL)

♦ GOL: Elivelton aos 75’

♦ PÚBLICO PRESENTE: 106 MIL PESSOAS

♦ PÚBLICO PAGANTE: 95.472 TORCEDORES (RECORDE DA HISTÓRIA DA COMPETIÇÃO)

♦ RENDA: R$ 888.072,50 ( US$ 818,122.98) – TICKET MÉDIO = US$ 8.57


☺ CRUZEIRO – Dida, Vitor, Gélson Baresi, Wilson Gottardo e Nonato; Donizete, Oliveira, Fabinho e Ricardinho (Da Silva); Palhinha; Marcelo Ramos e Elivelton.

DT: Paulo Autuori.


☻ SPORTING CRISTAL: Balério, Rivera, Astreggiano, Marengo e Torres (Serrano); Soto, Garay, Solano e Amoako (Alfredo Carmona); Julinho; Bonnett (Ismael Alvarado).

DT: Sérgio Markarian


O QUE FALARAM OS GRANDES HEROIS DO TÍTULO?


ELIVÉLTON: “Eu sempre tive pensamento positivo, independentemente de onde a bola caísse, se no pé direito... Eu chutava mesmo, não estava nem aí. Já tinha chutado e não ia ter como voltar mais o lance, né? Não fui um craque, mas aproveitava as oportunidades que tinha da melhor forma. Quando saiu o escanteio, o Nonato foi bater. Geralmente, eu também batia. E eu estava numa posição que eu nunca ficava, que era do lado direito. Eu sempre ficava no rebote, mas do lado esquerdo. Não sei o que o zagueiro fez que, ao invés de jogar a bola para fora, jogou para o meio da área. Eu também estava no lugar errado (risos). Quando vi a bola, falei para o Gottardo “sai, Gottardo! Sai, sai!”, e soltei a perna direita. Não foi aquele chutaço, mas foi o suficiente para a gente tirar aquele peso. Já estava com 30 minutos do segundo tempo, a torcida impaciente, a gente também estava com muita tensão. E foi aquela explosão de alegria, aquela avalanche azul. Pude ver o Mineirão sacudindo com aquele gol que eu tinha marcado. Foi muito emocionante, eu vejo o lance direto na internet, sempre fico arrepiado. Deu tudo certo e a gente comemorou o título que tanto merecíamos, nós e a torcida, que sempre acreditou e incentivou, e que mesmo nos momentos em que quase saímos da Libertadores, estava com a gente.


DIDA – Entrevistado pelo Guilherme Mendes que lembrou a antológica defesa disse com a sua simplicidade e as poucas palavras de sempre... “o grande herói é o torcedor do Cruzeiro que veio aqui, compareceu em grande número, nos apoiou o tempo inteiro e agora merece celebrar esta conquista... estão de parabéns todos da nossa torcida”.


☻ QUER REVER ESTE JOGO NA ÍNTEGRA?

Vídeo completo da partida.


HOMENAGENS ESPECIAIS DESTA COLUNA: hoje quero destacar um grande goleiro da minha região e torcedor apaixonado do Cruzeiro que é Cléber Bingão, que durante anos defendeu o time do Morro do Pilar, chegou a atuar pelo Valeriodoce de Itabira (mas, reza a lenda que por amor de D. Luciana ele largou o futebol profissional para voltar ao Morro do Pilar, com medo que algum aventureiro conquistasse o coração da sua amada) e algumas vezes defendeu o time da terra do meu pai Santo Antônio do Rio Abaixo, para atender aos insistentes pedidos dos meus primos Dalmar, Edmilson e Kinkas especialmente quando iam até Conceição do Mato Dentro enfrentar o Esporte, com medo de voltarem de lá com a sacola cheia. Bingão inovou em sua época, pois, foi o primeiro a ter um treinador específico para a sua posição... Era Vaninho que chutava de tudo na direção do Bingão para ele treinar os reflexos. Valia murcha de laranja, bola de borracha, bola de meia, bexiga, valia de tudo.


Diz a lenda que o meu primo Dalmar Duarte, hoje causídico afamado em Lagoa Santa, vivia atrás do Bingão, para ele influenciar de forma que ele pudesse atuar no “cascudo” do time do Morro do Pilar, para mostrar para o avô dele, o Seu Gentil, que também era bom de bola.


Mas, seu Gentil pigarreava e dizia... o futebol, Inhô (genro dele e pai de Dalmar) gastou todo no Edmílson... não sobrou nada para os outros dois meninos não... Foi por isto que Dalmar migrou para o vôlei, treinou em Conceição do Mato Dentro e fez muito sucesso, ao lado de Cazé, Homero e Toninho do Adeil.


Já Bingão, continua firme no Morro do Pilar, onde tem a melhor pizzaria da cidade, com direito a ver todos os jogos do Cruzeiro no pay-per-view que alcança a audiência máxima nos dias de jogos.


HOMENAGENS DA COLUNA: Léo Bastos, Léo Valadares, João Paulo A, Beth Makennel, Karla Mota Mendes, Beto Carvalho, Gustavo Freitas, Filipe Ikis, Ana Villas, Francisco Júnior e o grande Fioda (que fez um texto sensacional esta semana). E para comandar este timaço escalei o fantástico cruzeirense Christiano Rocco que tem mostrado o caminho de conclamar a união dos cruzeirenses para tirarmos o time desta fase difícil...FORZA CRUZEIRO !!!.


“CRUZEIRO, CRUZEIRO QUERIDO...TÃO COMBATIDO, JAMAIS VENCIDO”


Por: João Chiabi Duarte - @JoaoChiabDuarte

Edição: Renata Batista - @Re_Battista

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