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Wagner Jerônimo

Precisamos falar de Mano Menezes

Luiz Antônio Venker Menezes, 55 anos de idade, atual treinador do Cruzeiro, desperta as diversas opiniões e emoções no torcedor celeste. Um conceituado e emblemático técnico brasileiro, que apresenta no clube estrelado, um trabalho peculiar, que rende elogios, criticas e dúvidas. Afinal, porque falar desse treinador rende várias discussões? Vamos a algumas delas?

Treinador para-raios

Vocês se lembram na era Gilvan, quando o ex-presidente sumia, e sobrava pro treinador ir nas coletivas enfrentar a imprensa, e arbitragens tendenciosas nos jogos? Mano Menezes por algumas vezes, era a única voz do Cruzeiro, que se posicionava fortemente, em situações conflituosas para o Clube. Ganhou notoriedade, mostrou pulso, por vezes virou chacota, e ganhou a alcunha de chorão.

Mano Menezes - Foto: Bruno Haddad / Cruzeiro

Treinador ousado nas coletivas

Aconteceram situações que Mano Menezes dizia algo como, “vamos vencer o jogo de amanhã” “o time jogará bem” “não repetiremos a má atuação do jogo anterior” “não tomaremos 3 gols na mesma partida”. Eram declarações em momentos em que a torcida pressionava o time e técnico por bons resultados e vitórias. Esse contexto, dava-se a entender para boa parte da torcida, o quão soberbo eram suas declarações...

Jogadores “pagam pau pro técnico”

O termo “pagar pau” se remete a estar junto e admirar e confiar no trabalho do Mano. Isso é inegável, e salta aos olhos. Os jogadores cumprem a regra a proposta de jogo do treinador, o respeitam e o admiram. Ele tem o grupo nas mãos, consegue contornar situações difíceis, e isso, torna-se fator importante para que cada jogador do elenco do Cruzeiro, assimile o jeito Mano de comandar e gerir o elenco. Pouco se ouve falar de atritos entre as duas partes. Se isso acontece, isso é muito bem camuflado...

Defesa e equilíbrio

Mano Menezes já deu declarações afirmando que não acredita em uma equipe campeã, com uma defesa fraca. O jeito do Cruzeiro de jogar que encantou o Brasil recentemente, nos anos de 2013 e 2014, se vale pela ofensividade e toque de bola envolvente. O técnico gaúcho prefere a compactação, por vezes o jogo reativo, a aplicação tática, o preenchimento de espaço entre os setores... Algo parecido que ele implantou no Corinthians, que Tite seguiu e aperfeiçoou, e que Carille mantém nos dias de hoje. Estilo que gera discussões, mas que hoje, coloca o Cruzeiro como uma equipe que toma poucos gols, e ao longo de 2018, vai se tornando uma equipe cada vez mais competitiva no Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e da Libertadores da América.

Foto: Pedro Vilela/Light Press

Estamos assistindo o nascimento de um novo legado no clube?

Será que é hora de o torcedor cruzeirense esquecer o futebol de muitos gols, e apoiar o trabalho do Mano Menezes? Será que é importante manter as tradições ofensivas do clube, e deixar de lado, a nova dinâmica do futebol, que se prima em primeiro plano, pelo fortalecimento da defesa, e da aplicação tática? Será que é possível uma equipe dar um show de ofensividade dentro de campo, e não tomar gols, e nem sustos na partida? É possível ser competitivo, equilibrado e ofensivo ao mesmo tempo. O colunista que vos fala, começa a entender o estilo do gaúcho, que coloca o Cruzeiro forte em todas as competições possíveis. E você? O que acha? O legado do Corinthians, iniciado por esse mesmo Luiz Antônio Venker Menezes, também é aplicável no Cruzeiro? Fica aí reflexão para o debate, e para o DebateZeiros...

Comemoração da conquista da Copa do Brasil 2017. Foto: Washington Alves / Light Press / Cruzeiro

Abraços...

Por: Wagner Jerônimo - @Wagner__10

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