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  • Foto do escritorEzequiel Silva

Não está fácil ser cruzeirense, MAS...

Desde o apito final que determinou a conquista do sexto título da Copa do Brasil, em 2018, que a torcida cruzeirense não encontra motivos para sorrir de maneira duradoura, sem que uma bomba – um processo trabalhista de um ex-funcionário, uma dívida da antiga gestão, um vacilo da atual diretoria ou uma derrota vexatória – nos faça dormir de cabeça inchada e preocupados com o futuro do clube.

Foto: GettyImages


Após aquele 2x1 sobre o Corinthians e a consumação do fato de ser o maior campeão da copa brasileira, o Cruzeiro nos ofereceu apenas alguns espasmos de alegria... uns poucos momentos durante todo esse tempo que, mesmo forçando a memória, eu vagamente me lembro.


São dois anos convivendo com escândalos de corrupção, desvios de caráter, páginas policiais, rebaixamento; quando na realidade o torcedor só quer se juntar com os amigos, abrir uma cerveja e curtir um jogo do Cruzeirão em paz. Quando parece que tudo vai caminhar, aparece um fato novo que retrocede o lento processo de reconstrução.


Dentro de campo, sem comentários, porque o time foi uma piada pronta nas duas últimas temporadas. Na atual, temos um amontoado de jogadores e um técnico perdido que tendo à sua disposição um dos melhores centros de treinamento do Brasil não conseguem demonstrar nem algo próximo ao que conhecemos por organização. Isso tudo depois de “trabalharem duro” durante a semana, como as redes sociais do clube nos mostram incansavelmente todos os dias.


Cada jogo do Cruzeiro é um desrespeito ao futebol. O que o Cruzeiro pratica, desde 2019, não pode ser considerado futebol. É um grande desaforo com o torcedor, que fielmente se preza ao papel de incentivar e acreditar. Eis o papel que nos resta, afinal a gente não entra em campo.


Soma-se a esse turbilhão a perda de algumas figuras norteadoras do sentimento em azul e branco. A começar pela pandemia da COVID-19, que mexeu com o calendário do futebol, retirou a torcida do estádio, bagunçou geral, e na ultima semana, infelizmente, levou um grande cruzeirense. Uma das principais referências dentro da torcida nos últimos anos. Uma inspiração para todos e um exemplo do SER CRUZEIRO. O grande Pablito!


Em 2019, dias após o fatídico rebaixamento, já havia nos deixado a saudosa Salomé, em decorrência de um problema cardíaco. Uma mulher de fibra, também referência dentro da torcida, que eu tive o prazer de encontrar e conversar em diversas oportunidades.


É, não está fácil ser cruzeirense!


Mas como bem escreveu o outro grande cruzeirense Filipe Ikis: nunca foi tão importante ser cruzeirense. Nós vamos superar essa fase, vamos voltar aos dias de glória.


E para que a retomada seja mais gloriosa, precisamos começar pelo agora.


Jamais permita que as chacotas de um adversário te deixem cabisbaixo, o Cruzeiro já nos deu tantas alegrias e os fez passar tanta raiva. Sinta orgulho de vestir a camisa do Cruzeiro e mostrar para todo mundo que você está junto e que assim vai continuar enquanto precisar. Cobre quando tiver que cobrar. Ajude como puder. Faça tudo isso pela memória e pelo legado da Dona Salomé, do Pablito e de tantos outros cruzeirenses que nos deixaram para virar estrelas da nossa constelação no céu. Faça pela história do Cruzeiro! Nós somos muitos e juntos veremos o Cruzeiro renascer.


Abraços aos amigos e amigas.


Por: Ezequiel Silva - @ezequielssilva89

Edição: Renata Batista - @Re_Battista

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