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  • Foto do escritorDebateZeiros Cruzeiro

Cruzeiro e Libertadores: Tradição

Após duas longas temporadas, 2018 marcará o reencontro da famosa, amedrontadora e copeira Raposa com o torneio mais disputado, para não dizer brigado, e cobiçado do continente sul-americano.


Falar de Libertadores e não citar o Cruzeiro é quase como falar do Brasil sem citar o carnaval. Assim como o inverso também se faz verdade. Essa dupla já nos proporcionou partidas inesquecíveis, públicos incríveis e verdadeiras páginas heroicas e imortais.


Como não se lembrar do jogo heroico contra o Internacional em 1976 que nos impulsionou rumo ao inédito título, ou da defesa monumental e fria de Dida na final contra o Sporting Cristal em 1997, da história escrita ao sermos o primeiro clube brasileiro a derrotar os poderosos Boca Junior no La Bombonera (1994) e River Plate no Monumental de Núñez (2015). Sem dúvidas a história da equipe celeste se enlaça a desse campeonato. Sabe aquele casal 20? Cruzeiro e Mineirão, queijo e goiabada, arroz e feijão, leite e café,

Minas Gerais e Uai, praia e agua de coco, baiano e rede, onde um sem o outro não teria tanta graça? Cruzeiro e Libertadores poderiam muito bem entrar nessa lista.

Capitão do Cruzeiro, Wilson Gottardo levanta a taça de campeão da América 1997


Quarto time brasileiro com mais participações no torneio, com 17 presenças já concluídas e dois títulos, e terceiro no número de vitorias, com 86 triunfos em 148 “pelejas” (podendo ultrapassar o São Paulo nessa temporada, com mais quatro vitórias), La Bestia iniciará na próxima terça-feira, sua trajetória rumo ao Tri, no sempre marcante e indócil território argentino, contra o Racing, no El Cilindro. E ainda contará com confrontos contra Universidad do Chile e Vasco na primeira fase.


Como quem quer ser campeão não escolhe adversário, nada melhor que estrear contra um oponente tradicional e campeão do torneio em 1967. Ao longo da história as duas equipes já se enfrentaram 12 vezes, sendo 7 vitórias brasileiras, 2 empates e 3 vitorias Hermanas. O confronto ainda é marcado por duas finais da extinta Supercopa Libertadores, competição que reunia todos os clubes que haviam sido campeões da Libertadores, sendo um título para cada lado: Racing em 1988 e Cruzeiro em 1992.


Supercopa que rendeu ao Cruzeiro, além de 2 títulos (1991 e 1992) , a alcunha de La Bestia Negra, que se tornou uma imagem da equipe em territórios sul-americanos.


O primeiro registro de que se tem notícia de tal alcunha data-se de 1989 no Paraguai. A equipe celeste jogou contra o Olímpia precisando reverter um resultado contrário de dois gols. Sob chuva, a Raposa fez 3 a 0 no Mineirão e começou a ser chamada pela imprensa paraguaia de ‘La Bestia Negra’ do Olímpia. Em 1994, quando se enfrentaram de novo pela mesma competição, o time paraguaio novamente venceu o primeiro jogo por 2 a 0 e o Cruzeiro emplacou 4 a 0 na segunda partida, eliminando o Olímpia pela quarta vez consecutiva.


A partir de então o apelido, que é comparado a ‘monstro negro’, ganhou força, território e o carinho da família celeste. Virou bandeiras, música e atingiu o seu auge na última semana, se transformando em uma ação de marketing para alavancar os lucros da entidade com a volta a Libertadores.

Esperamos que o reencontro do famoso casal seja repleto de alegrias, risadas e por que não lagrimas de emoção no final. E que, como em todos os reencontros, a saudade se transforme em festa, empolgação e cânticos. Porém, sem esquecermos jamais, que o lado passional é importante, mas que para um reencontro dessas proporções o lado racional também deve ser muito bem trabalhado.


Que Thiago Neves se inspire em Joãozinho. Fábio brilhe como Dida. Henrique se inspire no capitão Gottardo. Fred mantenha o espirito matador de Marcelo Ramos. E que a sorte e o elemento surpresa, representados por Elivélton, também se manifestem a nosso favor nessa jornada!


Bandeira e fogos na mão. Manto Celeste no corpo. Cânticos e gritos na boca. Pés no chão. Mineirão lotado. Fé e superstições no peito, para quem as têm.

Vamos La Bestia rumo ao TRI.

“Vamos Cruzeiro querido de tradição...Libertadoreeees ser CAMPEÃO!”

“Libertadores é raça, nós queremos a taça!!!”

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