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  • Foto do escritorEzequiel Silva

A mandinga nossa de cada jogo

Dia de Cruzeiro já vou logo seguindo o meu ritual. A camisa da sorte sempre presente, a velha bandeira meticulosamente colocada no mesmo lugar, aquele copo de água benta já devidamente posicionado, a vela acesa, o boné de sempre. Time em campo, com ele entra também o ramo de arruda para proteger os defensores da camisa mais linda do mundo, e tão logo surge o manto azul estrelado palavras secretas são sussurradas para abrir o gol adversário e outras para fechar o nosso. Energias positivas são enviadas ao gramado. O bom grito de guerra não falta: "vamo, Cruzeiro!". Às vezes surge um "simbora, Cruzeiro!". Sinal da Cruz (três vezes), batida com a mão espalmada no escudo, confiança.

Tem gente que acha inútil (tudo bem), tem quem não acredite (mas compreende), tem que não vive sem. Já ouvi falar de gente que trocou de buteco porque sempre que ia naquele o Cruzeiro não vencia. Tem quem prefira assistir a peleja sozinho, em casa. Outros preferem extravasar com a galera. Tem gente que bebe a cerveja pra chamar o gol e que depois dá aquele gole saboroso pra comemorar o tento. Tem aquele do radinho, o que não olha na hora do pênalti, aquela que não gosta que filmem os lances capitais, a menina que se benze na entrada do Mineirão e a outra que faz promessa pra santa.


Reza, oração, prece, intercessão, superstição, fé... mandinga. Faz parte do ser Cruzeiro. Faz parte do nosso sentimento e desse amor descabido que norteia os nossos dias, que é a razão do nosso viver e o nosso maior legado. Vale tudo pelo bem do Cruzeiro!


Abraço aos amigos e amigas do DebateZeiros.


Por: Ezequiel Silva - @AraraquarAzul

Edição: Renata Batista - @Re_Battista

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