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  • Foto do escritorEzequiel Silva

Merecemos um local dedicado a preservar a nossa história!

O que vou escrever todos já sabem: O Cruzeiro é um clube gigante, com uma história rica em conquistas, ídolos e uma torcida enorme. A estrutura do Maior de Minas é invejável, com dois centros de treinamento de alta excelência. O reconhecimento país afora é igualmente grande. Hexacampeão da Copa do Brasil (o maior), Tetracampeão Brasileiro, Bicampeão da Libertadores, e ainda com conquistas enormes em outros esportes, sendo o vôlei do Sada Cruzeiro o mais representativo após o futebol. Um clube enorme.


Aí vem a pergunta: por que um clube deste tamanho, gigante pela própria natureza e com uma história tão maravilhosa, ainda não tem um espaço para preservar a sua história e passá-la às novas gerações? Não falo de mais um memorial de taças, como a digna vitrine existente na recepção da sede administrativa do Barro Preto e não me refiro ao memorial aos Ídolos Eternos instalado na Toca da Raposa II e nem mesmo ao espaço dedicado à nossa história no Museu do Futebol do Mineirão. Eu me refiro a um museu de verdade, nos moldes daqueles dos grandes clubes mundiais, e que reflita verdadeiramente a grandeza do Cruzeiro Esporte Clube. Um local que abrigue a história do clube, transmitindo à atual e às futuras gerações o conhecimento sobre o passado do clube, daqueles momentos que moldaram o presente da instituição e que inspiram o futuro.

Memorial de taças dos títulos conquistados pelo Cruzeiro expostos na sede administrativa do Barro Preto em Belo Horizonte/MG

Sabemos que o Cruzeiro tem material para isso. São inúmeras taças, camisas históricas, livros e filmes feitos pelo clube e pelos torcedores. Ao meu ver, um local desse seria a cereja do bolo para coroar o nosso centenário a ser comemorado daqui a pouco menos de dois anos. Um exemplo de preservação da nossa história é a casa do torcedor Omar Franco, a famosa Toca IV, que abriga por exemplo o Acervo 5 Estrelas com exemplares de cada camisa do Cruzeiro, desde a fundação até o modelo da camisa atual. É uma viagem no tempo e um ótimo exemplo a ser seguido de como preservar a história da instituição que tanto amamos. A série de pinturas dos muros do Barro Preto é outro exemplo de preservação da nossa história. Ali, o movimento Somos Azuis faz uma série de murais grafitados, buscando guardar a memória desde os tempos de Palestra e engrandecer a imagem da nossa agremiação. É sensacional!


Mas ainda falta um local 'oficial' dedicado à memória do Clube. Um espaço com a chancela do Cruzeiro, não que isso seja necessário, mas um lugar onde o torcedor se sinta em uma extensão do Cruzeiro Esporte Clube. Torcedores dispostos a ajudar com material e principalmente com ideias com certeza não faltariam. Os bons exemplos estão aí e devem ser seguidos. Quanto ao funcionamento do local, não há dúvidas de que logo se tornaria um ponto turístico da cidade de Belo Horizonte. Um diferencial, com certeza. Um diferencial para quem vem do interior, de outros estados e países. Como viabilizar os recursos e como manter o local financeiramente é um assunto para os especialistas em gestão e administração, e com certeza existe gente ligada ao Clube e competente para isso.

Clubes como o Barcelona, o Real Madrid e o Boca Juniors têm seus museus atualizados, conservados e fazem desses espaços fontes de renda valiosas para os seus cofres. Museus interativos, com recursos de imagem e som, incluindo muitas fotografias raras, vídeos históricos, bonecos de cera e estátuas dos grandes ídolos destas torcidas, camisas exclusivas utilizadas em grandes conquistas. Tudo isso atrelado a salas com as taças do clube; uma loja oficial e um bar temático costumam compor esse cenário onde o torcedor mergulha de cabeça na história do seu clube tão amado e sai dali ainda mais apaixonado e orgulhoso. O Cruzeiro tem tudo para ter o seu também e mais do que isso: a torcida Cruzeirense merece esse espaço. Quem sabe um dia... quem sabe.


Por: Ezequiel Silva - @AraraquarAzul



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