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  • Foto do escritorWalace Alves

Por que tanta gente quer o "osso"?

Olá, meus amigos! Como estão de quarentena? Espero que estejam bem e ficando em casa.


Saudades de um “joguinho” no Mineirão? Quem não está, não é mesmo! Mas tudo passa, tenham paciência e realmente não é o que mais importa agora, saúde deve estar sempre em primeiro lugar.


Mas falando de Cruzeiro... Na última semana surgiram muitas notícias na mídia sobre o Clube Celeste, algumas poucas ligadas ao time e a grande maioria se tratava da instituição, fato que me motivou a escrever este breve artigo.


Vou começar pedindo para vocês imaginarem a seguinte situação: o conjunto de prédios em que moram teve um problema estrutural grave, necessita de reformas, tem dívidas quase que impagáveis (aliás, o vizinho do outro condomínio tem brincado com vocês, falando que estão falidos e que se tornaram um caso de polícia), o síndico anterior renunciou sob acusações de gestão fraudulenta, ele acusa o síndico antecessor de entregar o condomínio quebrado, este, por sua vez, acusa o seu anterior de já repassar a situação calamitosa e por aí vai. Muito difícil não acham? Quem seria maluco de assumir este abacaxi? Abrir mão da sua vida para tentar sanar esta dívida? Sofrer com a família por ter que enfrentar tarefa quase impossível? Mas, para surpresa de vocês, o que não faltam são interessados em se tornar síndico! E uma pergunta não se cala: porque? Porque?

Esta cena lhes parece familiar? Pois bem, usando esta simples e cotidiana metáfora do condomínio e muito por cima (muito mesmo), tracei o cenário triste e nebuloso do Cruzeiro nos últimos anos. De time acostumado a vencer e encantar dentro de campo, de estrutura fantástica e equilibrado fora dele, passou a frequentar páginas policiais dos jornais, a fechar contratos inexplicáveis até com crianças, ser motivo de gozação de adversários e perdeu um dos seus grandes trunfos, o de nunca ter sido rebaixado!


Mesmo assim, leio nos jornais que a briga pela presidência desta massa falida continua ferrenha nos bastidores e novamente vem a público. Depois de um outro episódio pouco tempo atrás, lá vamos nós novamente. Agora é um tal de “se ele entrar, nós saímos!” e “se ele sair, eu entro!” e mais um tanto de frases descabidas que expõe a briga de egos e que os poderosos continuam preocupados com tudo, menos com o Cruzeiro.


O Cruzeiro sempre , e independente do que aconteça, vai continuar sendo comandado por famílias e vou dizer uma coisa que vai doer no torcedor comum: todas estas famílias são responsáveis pela trágica situação em que o clube se encontra, assim como eram pelos momentos de sucesso no passado e explico um pouco mais o porquê: todos os grupos poderosos no clube sempre influenciaram ou decidiram os rumos do clube, tinham representantes nos diversos conselhos ou na presidência ou sabiam ativamente pelos bastidores ou apoiando ou sendo oposição ao grupo que estava na presidência. E nunca vieram a público condenando o caminho tomado. Alguns são responsáveis diretos, outros são cúmplices, outros omissos. Então, não se iluda, torcedor, não existe “abnegado, apaixonado ou salvador da pátria” (o país tem nos mostrado isto) e cruzeirenses todos são! Mas o que está em jogo e a coisa que mais os preocupam é o poder dentro do clube, todos estão mais preocupados em si, do que com a instituição.


Não conheço nenhum dos postulantes ao comando do clube, nem vou defender A ou B, só faço um apelo aos “poderosos” cruzeirenses é que, pelo menos, coloquem os interesses do clube no mesmo patamar dos interesses pessoais ou familiares ou grupais! Larguem o osso e dê um tempo para as feridas cicatrizarem e a carne renascer.


Que aconteça o melhor para o Cruzeiro!


Saudações celestes!

Por: Walace Alves - @Blog_Tendencias Edição: Renata Batista - @Re_Battista

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