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  • Foto do escritorEzequiel Silva

Ainda seremos Cruzeiro!

O coração cruzeirense está machucado, dilacerado pelo pior dia dos 98 anos da história do Cruzeiro Esporte Clube. A ficha ainda não caiu. A realidade está parecendo um pesadelo sem fim. Na verdade, era isso que todos nós queríamos que fosse, um pesadelo. Um sonho ruim que se acaba com o abrir dos olhos. Porém, é a realidade. E como a vida nos ensina, a realidade deve ser encarada de frente. Seja lá como for. E a nossa é o rebaixamento.


Há que se encarar com sabedoria, e um pouco de paciência as comemorações dos rivais. Isso só mostra o quão gigante é o Cruzeiro. A queda de um gigante repercute. E as reações dos pequenos são até compreensíveis, diante da sua incapacidade de equiparar as coisas por cima, igualando as nossas conquistas. Eles comemoram o fato de termos nos rebaixado um degrau próximo à realidade deles. Não espere nada diferente. Ainda assim seremos Cruzeiro.


A queda deve servir como lição, não como forma de nos apequenar. Seremos Cruzeiro em todos os momentos, seja numa tarde ensolarada de domingo decidindo algo com outro gigante, seja numa fria noite de terça-feira encarando um time pequeno com estádio humilde e lotado, que com certeza fará um jogo duro diante da nossa camisa. Ainda seremos Cruzeiro.



Ainda seremos Cruzeiro quando chegar a hora de repensar quem nos dirige e decide os rumos do clube. Seremos Cruzeiro na hora de apontar quem foram os culpados e excomungá-los da nossa convivência. E lembrá-los pela eternidade da parcela de culpa que cada um deles carregará daqui para frente. Seremos Cruzeiro.

Seremos Cruzeiro para comemorar cada passo adiante frente ao calvário que iremos encarar. Cada gol e cada vitória serão fundamentais na reconstrução. Ainda seremos Cruzeiro para provar que quem realmente ama não abandona, não importando a situação. Ainda que tudo dê errado, que algo não saia como esperado e que mais dias difíceis venham, ainda seremos Cruzeiro!


Ainda seremos Cruzeiro, o time da maioria dos mineiros e de muitos brasileiros também. O maior de Minas, multicampeão e de uma camisa muito pesada. O Cruzeiro de Tostão, Dirceu, Alex, Sorín e Fábio. O Cruzeirão do Seu José, da Dona Izilda e do pequeno Pedro. Ainda seremos o mesmo Cruzeiro. O nosso Cruzeiro!




Edição: Renata Batista - @Re_Battista

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