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  • Wagner Jerônimo

Legado e realidade: O que esperar do Cruzeiro nesse segundo semestre?

A Copa do Mundo da Rússia terminou domingo passado tendo a França campeã mundial pela segunda vez na sua história. Por um mês, as atenções se voltaram para essa grande competição, que envolveu as melhores seleções e os melhores jogadores nesse torneio. Com o fim da copa, jornalistas, comentaristas esportivos, blogueiros, torcedores, discutiram o principal ponto pra se analisar o fim dessa competição tão aguardada. Afinal, o que ficou de legado da Copa pros clubes brasileiros, e em especial, ao Cruzeiro?


Mano Menezes, técnico celeste - Foto: Marcello Zambrana/Light Press/Cruzeiro.

Particularmente, torci bastante para que a até então futura seleção campeã apresentasse um futebol ofensivo e vistoso, talvez romanticamente e inocente, esperava uma revolução, assim como a Espanha na copa de 2010. Acreditei que Espanha, Brasil, Argentina, Alemanha e França fossem à Rússia jogar um futebol agradável de ver. Ledo engano! A campeã França apesar de possuir no seu elenco jogadores altamente técnicos e habilidosos, ganhou a taça jogando de uma maneira eficiente, bom sistema defensivo, e não tendo nenhum pudor em atuar de modo reativo em seus jogos.


E é esse ponto que se caracterizou a Copa de 2018, que foi chamada por muito como a copa das defesas. As equipes estatisticamente com maior posse de bola sucumbiram na competição (Espanha, Brasil, Argentina). Em contrapartida, as equipes que jogaram de maneira reativa, com a preocupação em se defender, almejando a aplicação tática, e praticando um futebol nem tão vistoso, foram longe na competição. Então fica a pergunta. Será essa então o novo legado do mundo da bola?


Falando agora de Cruzeiro, Mano Menezes no jogo de segunda-feira não teve nenhum pudor em jogar pelo regulamento, e se classificou pra próxima fase da Copa do Brasil com o empate por 1x1 contra o Atlético Paranaense. O futebol visando o resultado, com desempenho dentro de campo pragmático, de consistência defensiva, mais uma vez deu certo, e nesse contexto, vai caracterizando o clube mineiro como um potencial concorrente e postulante a títulos nas competições em que disputará nesse segundo semestre.


Mas a nova forma de concepção de futebol, escancarado na Copa, e muito bem visto por Mano, não agrada boa parte dos cruzeirenses, adeptos do futebol ofensivo, de intensidade e de posse de bola, o que é a marca registrada na história do clube. O atual jeito de o Cruzeiro jogar, se alinha a essa nova tendência que não me agrada, mas, que vem dando resultados. E a busca pelo resultado, pelo equilíbrio defensivo, pelo jogo reativo, se sobrepõe na oferta em oferecer ao torcedor cruzeirense, um futebol competitivo e vistoso, como num passado muito recente, em 2013 e 2014.


Flutuação e superioridade numérica. Foto: Reprodução/ESPN


Nessa linha, acredito, que o Cruzeiro seguirá nas competições tentando acompanhar a linha de raciocínio de Mano Menezes. Mas mesmo nessa lógica, é preciso por exemplo ter uma equipe com transição rápida, de jogadores velozes e comprometidos taticamente, e que dentro da partida, varie e apresente variações táticas que dificultem as investidas dos times adversários. E essas particularidades faltam a equipe do Mano, que aos olhos do crítico torcedor celeste, vê uma equipe até organizada, mas burocrática e por vezes insossa e com repertório repetido nas partidas.


Segundo semestre se iniciou, e fica o desafio pra comissão técnica do Cruzeiro em fazer essa equipe cair no marasmo e apresentar mais do mesmo do primeiro semestre. O legado pelo visto, vai de encontro aos pensamentos do treinador, mas, não é crime analisar friamente de que o time precisa apresentar um repertório novo, pois como já dizia Einstein, é insanidade fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes...


Abraços!


Por: Wagner Jerônimo - @Wagner__10

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