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Foto do escritorJoão Chiabi Duarte

Cruzeiro 0x0 Botafogo: Outro Empate Decepcionante...

☻ Quais as reminiscências desta partida? – Nesta tarde fria de domingo em partida válida pela décima rodada do BR19, Cruzeiro e Botafogo fizeram um jogo melancólico, que terminou empatado com o placar zerado, sendo o resultado péssimo para o Cruzeiro, agora com 9 pontos, com aproveitamento de 30% dos pontos conquistados, com 2 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, ainda dentro da zona de rebaixamento, porque tudo indica que o Fluminense não deixará de pontuar na última partida desta rodada contra o Ceará em pleno Maracanã.


Diria que depois da boa partida realizada no meio de semana no clássico contra o ex-rival citadino (Cruzeiro 3 x 0 Atlético-MG – pelas quartas de final da Copa do Brasil), o time voltou a praticar o futebol insosso que vinha apresentando nas rodadas anteriores do Campeonato Brasileiro, que até permite pouco ao adversário, porém, sem criatividade, incapaz de obrigar ao bom goleiro botafoguense Gatito Fernandez a ter trabalho duro, nos 96’ de jogo.


O Cruzeiro evoluía bem até a intermediária dos cariocas, mas, daí para a frente era um verdadeiro show de jogadas incorretas, falhando nas tabelas de aproximação, nos cruzamentos para a área, nas jogadas de 1-2, nos lances de bola parada e nos chutes a gol em todas as chances criadas.


O Cruzeiro iniciou a partida com Henrique, Ariel Cabral e Jádson no meio campo, Thiago Neves flutuando no meio e com Pedro Rocha e David na frente, mas, nem de longe mostrou ser aquele time vibrante e eficiente do meio de semana, afinal a peça que não entrou em campo hoje realmente faz muita falta. Robinho tem sido o responsável pelas jogadas diferentes que o time faz e que provocam surpresa ao adversário.


Sem ele o Cruzeiro iniciou o jogo até marcando alto, fustigando a defesa do Botafogo que pouco se valeu dos chutões para tirar a bola de trás, pois o treinador Eduardo Barroca, tem mostrado um trabalho dinâmico que faz seu time sair de trás tocando a bola, mantendo a posse de bola, enervando ao adversário, que corre atrás até se cansar.


Segundo o comentarista da rádio Globo/CBN Dé o Aranha, o Botafogo usou uma tática chamada “Caranguebol ou Siribol”, fazendo o time trocar muitos passes para o lado ou para trás, sempre no seu campo. O futebol até tem organização, mas, o movimento do time em campo faz lembrar a forma de andar dos crustáceos. De sua sorte o Botafogo do meio para a frente tinha Gustavo Bochecha, João Paulo e o meia Alex Santana, com Luís Fernando (que sentiu mal e saiu de campo ainda no 1º tempo e foi substituído por Pimpão), Diego Souza e Erik na frente.


Como Mano Menezes voltou a manter seu time compactado com 2 linhas de 4 atrás da linha de meio-campo nas ações defensivas, também para permitir pouco aos oponentes, então o jogo se desenvolveu com o Botafogo mantendo a posse de bola (60% na etapa inicial) em seu campo de defesa, o Cruzeiro tentando acelerar, mas, errando demais nos lances de profundidade e o placar sem movimentação. Ainda no 1º tempo Ariel Cabral se chocou com um jogador do Botafogo, bateu a cabeça e se sentiu mal, sendo substituído por Fred, com o Cruzeiro voltando a usar o jogador de referência, mas, novamente não surtiu efeito. O nosso camisa NOVE está longe de seus melhores dias, em inspiração e sem sorte. Também é fato que as bolas não tem chegado a ele, que se posiciona corretamente na área, mas, vê com tristeza os seus colegas de time não acertarem uma jogada que lhe dê condições de concluir a gol, pois, esta tem sido a tônica do time cruzeirense. Fred muitas vezes recua, volta até o meio, para buscar o jogo, porque as jogadas não se desenvolvem normalmente, com o time falhando demais nos passes verticais e nas jogadas pelas laterais, sempre tem se tomado a pior decisão.


Vou repetir aqui a minha opinião já deixada outras vezes, com esta formação tática, usando Henrique e Ariel Cabral de volantes, a única saída para o Cruzeiro é subir as linhas, correndo mais riscos de levar a bola nas costas dos volantes e laterais, porém, dificultando a saída de bola dos adversários, coisa que todos sabemos não é a forma que Mano Menezes gosta de posicionar os seus times em campo.


Com a saída de Ariel Cabral, o time ficou com Henrique e Jádson de volantes + Pedro Rocha, Thiago Neves e David na aproximação e Fred como referência no ataque. Então, na conclusão da etapa inicial, o panorama se alterou pouco, mesmo com as mudanças de sistema dos 2 times. As defesas superaram os ataques com facilidade.


Na volta da etapa final, Thiago Neves, que era o nosso melhor jogador em campo, sentiu dores na panturrilha e deu lugar ao jovem Maurício que fazia a sua estreia no time. Na defesa o lateral Weverton também entrara em campo pela primeira vez, alinhando ao lado de Fábio, Dedé, Léo e Egídio. E não foi mal, não se omitiu, se apresentou no ataque, mas, também procurou guardar mais a posição, afinal por ali se posicionaram Erik e depois Victor Rangel, o jogo inteiro.


Já a defesa do time da estrela solitária era formada por Gatito Fernandez, Marcinho, Joel Carli, Gabriel e Gilson, que tiveram todos uma atuação muito consistente defensivamente, com poucos erros, fazendo poucas faltas, permitindo pouco para o Cruzeiro.


Com 15’ da etapa final, Pedro Rocha pediu substituição e entrou Sassá, queimando a regra três. Mas, ao invés do time melhorar com as mudanças, piorou e não vimos nada no último terço de jogo. A rigor, o Botafogo que jogava por uma bola (novo jargão do velho ludopédio), teve a sua chance com Pimpão aos 38’ da etapa final, mas, felizmente ele chutou mal e isolou a bola.


Na etapa final, o time celeste até foi ajudado pelos 18 mil heróis que foram ao campo, incentivaram até o final, mas, não criou chances claras de gol, frustrando a torcida e acabou saindo de campo, vaiado de forma merecida.


Continuamos a marcar passo na classificação, porém, neste momento, importa mesmo o jogo da volta no Horto, nesta quarta-feira próxima. Eliminar o adversário nos fará um bem muito grande e aposto numa subida de produção do time a partir da próxima rodada do BR19, mesmo que Mano Menezes se decida por usar um time alternativo contra o Bahia. A conferir.


☻ Os lances mais relevantes da partida:


☺ 27’ – QUE CHANCE - Thiago Neves recebe a bola de David nas costas de Gustavo Bochecha, na meia lua da grande área adversária, mas, cercado pela marcação botafoguense, dá uma cavada na bola e serve a David, que entra livre, mas, fura na hora de chutar a bola e é abafado por Gatito Fernandez que fica com a bola e evita o gol. Mas, vejam bem...eram 27’ da etapa inicial e aquele fora o 1º lance de gol da partida.


☻ 29’ – Pimpão recebe a bola na intermediária do Cruzeiro, avança e chuta para defesa tranquila de Fábio.


☻ 36’ – Jádson agarra e atinge Gilson por baixo, Leandro Vuaden marca a falta, mas não dá cartão. Gilson cobra falta, bola desvia em Leo, Fábio encaixa.


☺ 39’ – A MELHOR CHANCE DO JOGO – Pedro Rocha recebe de Thiago Neves, dispara pela direita e cruza. Dedé, penetra como centroavante, na cara do gol, e a bola desviada por Marcinho, que agarra o nosso beque, sai por cima do gol. Dedé pede pênalti, mas, o juiz ignora.


☺ 41’ – Após boa combinação com Pedro Rocha, o garoto Weverton recebe na frente e chuta, mas, a bola sai à direita do gol de Gatito, sem sustos.


☺ 43’ – Agora é Pedro Rocha que clareia o lance, mas, pega mal na bola que vai fora.


☺ 45 + 2’ – Fred recebe de Pedro Rocha, mas, conclui mal a gol, fustigado pela marcação.


45 + 3’ – Fim do 1º tempo. Cruzeiro teve as melhores chances, o Botafogo engordou o tempo, mantendo a posse de bola por 60%, como era seu plano de jogo e o placar ficou no decepcionante Cruzeiro 0 x 0 Botafogo.


☺ 63’ – Sassá recebe na esquerda, gira sobre a marcação de Marcinho, traz para dentro e chuta, para fácil defesa de Gatito Fernandez.


☻ 79’ - Gilson aciona Alex Santana, que corta Dedé, mas chuta pra fora, sem perigo.


☻ 83’ – A Chance do Botafogo - Alex Santana recebe na esquerda, carrega até a meia-lua e rola pra Pimpão invadir e chutar mal para fora, para nossa felicidade.


90 + 3’ – Fim do Jogo – Cruzeiro 0 x 0 Botafogo – Mais uma vez o Cruzeiro foi melhor na etapa final, criou mais chances de gol, mas, não fez. O Botafogo jogou por uma bola, a teve, mas, também não conseguiu fazer. Um jogo modorrento e arrastado, com placar justo.


SÚMULA DA PARTIDA: CRUZEIRO 0X0 BOTAFOGO


☻ Motivo: 10ª Rodada do Campeonato Brasileiro de 2019

☻ Data, Local, Hora: Mineirão, Belo Horizonte, 14/07/2019, 16:00 h

☻ Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden (RS) + Rafael da Silva Alves (RS) e Jorge Eduardo Bernardi (RS), com boa atuação.

☻ Árbitro de vídeo: Rafael Traci (SC) sem interferência de impacto.

☻ Cartões amarelos: Robinho a 69’ (mão na bola) e Marllon a 84’ (falta)

☻ Público Presente: 18.012 bravos torcedores

☻ Renda: R$ 215.440,50 (ticket médio = R$ 11,96 = US$ 3.15)


☺CRUZEIRO: Fábio; Weverton, Dedé, Leo e Egídio; Henrique, Ariel Cabral (Fred a 34’) e Jádson; Thiago Neves (Maurício no intervalo); Pedro Rocha (Sassá a 62’) e David. DT: Mano Menezes

☻ BOTAFOGO: Gatito Fernandez; Marcinho (Fernando a 84’), Joel Carli, Gabriel e Gílson; Gustavo Bochecha, João Paulo e Alex Santana; Diego Souza; Luís Fernando (Pimpão a 24’) e Erik (Victor Rangel a 67’). DT : Eduardo Barroca


☻ Homenagens desta coluna para a turma da Lista do Cruzeiro.Org: Cláudio C. Coelho (impressionante a estatística negativa dele no Mineirão), Luís Viana, Trovão Azul, Júlio César Lima, Eduardo Massa de Mendonça, Guilherme Pires Fonseca, Rafael Henrique, José Eustáquio Dourado, Roberto Bertozi, Eduardo Arreguy e Jaeder Natal. E para botar ordem na casa convoco o grande Gil Campos, que também vive em terras capixabas e torce pelo nosso Cruzeirão.


☻ De Conceição do Mato Dentro - MG: Uma homenagem especial aos amigos Robertinho Freire e Raimundo Santíssimo (aniversariante da semana), Reginaldo e Ronaldo Santa Bárbara Rodrigues, João Salvador Ribeiro dos Santos (Sulanca) e Zé da Olguita, Edmundo Pimentinha e Zé Ronaldo Pires Pimenta, Rubens e Edson David, além de Francisco Luiz Costa. E para comandar este timaço da região do Brejo, convoco Antônio Roberto Costa, um grande amigo. Um alô especial para a Torcida ConceicioZeiros, sob a batuta do Gilsinho Vertelo, que se reuniu no bar Escritório para ver o jogo e saiu decepcionada com este empate.


“Cruzeiro, Cruzeiro Querido...Tão Combatido, Jamais Vencido”


Por: João Chiabi Duarte - @JoaoChiabDuarte

Edição: Renata Batista - @Re_Battista


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