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Foto do escritorDebateZeiros Cruzeiro

Cruzeiro 1x3 Atlético-MG: Do “um a zero” ao vexame.

Com certa desconfiança de ambas as torcidas, Cruzeiro e Atlético se enfrentaram no Mineirão nesta tarde e desta vez o adversário levou a melhor, vencendo por 3x1. Mano Menezes, sem muitas opções, mandou a campo: Fábio; Ezequiel, Murilo, Manoel e Diogo Barbosa; Hudson e Henrique; Rafinha, Arrascaeta e Alisson; Thiago Neves. Oswaldo de Oliveira, sem fazer mistério nos treinamentos, escalou Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Roger Bernardo e Adilson; Cazares, Robinho e Valdívia; Fred.

Fábio com o pequeno Yan, a melhor cena da partida.

Ao seu lado o camisa 30, que anda falando muito e jogando pouco.

Jogando diante de sua torcida, o Cruzeiro iniciou a partida esperando para ver a postura do time de Vespasiano. Muito estudo de ambas as partes tornaram os primeiros 20 minutos morosos, salvo por uma chance do atlético em que a bola sobrou para Robinho na esquerda. O Camisa 7 fez cruzamento para Adilson, que vinha de trás e cabeceou para fora, levando perigo. O Cruzeiro tentava passar pela defesa atleticana, mas tropeçava na própria falta de vontade de vencer a partida. Mais adiantado, Thiago Neves, fazia o falso nove. Literalmente falso, pois os melhores lances de ataque passaram pelos seus pés, ao buscar a bola próximo ao meio de campo ou intermediária e municiar Alison e e Arrascaeta. Já o adversário, que para alguns membros da imprensa, detém o melhor elenco do Brasil, iniciou a partida esperando o Cruzeiro em seu campo de defesa e, gradualmente avançou a marcação. Indo ao ataque, mostra falta de capacidade de criação, se limitando as investidas pela lateral e bola pra área, seja de onde for.

Este cenário foi mudando com o decorrer do jogo, uma vez que o time celeste acelerou mais os passes e facilmente envolvia a dupla de volantes do adversário. Aos 29, Arrascaeta desarmou o ataque adversário na intermediária, driblou deixando Roger Bernardo no chão, deu um lançamento magistral para Diogo Barbosa. O camisa 6 avançou e puxou para o meio, passando para Rafinha, já dentro da área, mas na direita. Do jeito que deu, o esforçado camisa 70 escorou para Thiago Neves, que de primeira mandou para as redes de Victor, fazendo explodir o Mineirão. O gol celeste pareceu desestruturar o adversário, que não conseguia encaixar uma jogada de ataque. O desequilíbrio era visível pois Robinho, Fred e Fábio Santos lamentavam com veemência os lances errados. O Cruzeiro poderia ter ampliado no finalzinho do primeiro tempo, aos 41, após Arrascaeta servir Alisson na ponta esquerda, já dentro da área. De frente pro gol, o camisa 11 concluiu mal. Muito mal.

Para o segundo tempo, como sempre, Mano não promoveu alterações. Já Osvaldo de Oliveira, além de trocar Roger Bernardo por Yago, mudou o posicionamento de Valdívia e Robinho. O ex-Internacional passou a jogar centralizado, enquanto o camisa 7 foi aberto pela esquerda. Sem alterações, o Cruzeiro manteve a proposta de jogo, tocando facilmente entra a defesa rival, mas sendo acredito pela esquerda. O Cruzeiro poderia ter ampliado o placar os 8 e aos 12, mas na primeira oportunidade esbarrou na trave em um chute de fora da área de Rafinha. Na outra, Diogo Barbosa concluiu para grande defesa de Victor. Ambas jogadas foram muito bem trabalhadas pelo ataque celeste. Aparentemente o time morreu ali.

Aos 15, o adversário chegou ao empate com Otero cabeceando de forma antecipada à Diogo Barbosa, contando com Manoel e Murilo indecisos na marcação de Fred. Mano, aos 20, fez sua primeira substituição: Elber em Lugar de Alisson. Com a substituição, Rafinha, que jogava bem pela direita, foi deslocado para a esquerda. Logo após a troca, o adversário chegou à virada com Robinho, em já conhecida e manjada jogada. No laance, Fábio tentou sair jogando rápido e acionou Elber, no meio de campo perdeu para Fabio Santos. Com 33 anos o lateral se antecipou, deixando a bola sobrar para Robinho. O camisa 7 partiu com a bola e, contando com a inicência de Ezequiel e Henrique no lance, cortou para o meio e bateu no cantinho de Fábio. Mano tentou suas últimas cartadas colocando Rafael Sóbis em lugar de Rafinha aos 22 e Rafael Marques por Henrique, aos 34. Contudo, como esperado, sem sucesso. A única chance do Cruzeiro foi aos 27 em cobrança de falta, sofrida por Arrascaeta. O Uruguaio entrava livre na área após driblar o meio de campo do adversário, mas foi derrubado por Gabriel. Na cobrança Thiago Neves obrigou Victor a mais uma grande defesa. Aos 35, Robinho recebeu em um posição parecida à do segundo gol e fez a mesma jogada para cima de Ezequiel: Trouxe pro meio e bateu sem chances para Fábio: 3x1. O adversário ainda poderia ter ampliado aos 44, com Cazares após jogada de Robinho pelas esquerda e Fábio já batido no lance.

Opinião #DebateZeiros: Clássico é um torneio a parte e vitória SEMPRE é obrigação! Mano Menezes optou por utilizar todo seu melhor poder de fogo logo de cara. Estratégia que deu certo até certo ponto, pois, apesar do começo estudado, o Cruzeiro foi tomando conta do jogo e, até os 15 do segundo tempo, entrava como queria na defesa do adversário, mas pecava muito nas finalizações. O grande problema foi momento em que se teve que lançar mão das peças que estavam no banco. Iniciando o jogo com Thiago Neves, Alisson e Arrascaeta (fazendo justiça, o uruguaio teve uma grande atuação, mas foi ofuscado pela derrota), ao precisar fazer uma substituição, não encontrou um meio de manter ou melhorar o nível do time.

Das opções de banco, a única alteração que traria melhora seria Romero em lugar de Henrique ou Ezequiel. Porém não foi este o caminho seguido. As apostas foram Elber, Sóbis e Rafael Marques. Pouco para um clube do tamanho do Cruzeiro. Na defesa Ezequiel mostrou ser inútil ao clube. Se os bordões eram “Ezequiel não compromete”, “Ezequiel é bom na defesa”, “Ezequiel faz o feijão com arroz”, hoje os três foram por terra. O lateral foi inútil na marcação e nulo no ataque. Matando todas as jogadas que por ele passaram, além de ser, no mínimo, inocente nos lances dos gols de Robinho.

Para colocar Elber, a grande promessa, Mano deslocou Rafinha para a esquerda, sendo que suas melhores jogadas são na Direita. Além de não somar ofensivamente, o Elber comprometeu no lance do gol da virada. Esperamos que, daqui em diante, sem chance de título e sem essa “lorota” de brigar por vice-campeonato, o treinador já comece a pensar em 2018 e passe a usar outros esquemas fora do seu 4-2-3-1 que vira um 4-2-4-0, além de observar a base. Não é possível que lá não haja opções melhores que Ezequiel, Elber, Rafael Marques e Rafael Sóbis. Se não houver, que sejam inteligentes e implodam a Toca 1 e façam ali um empreendimento comercial-imobiliário. Pelo menos um retorno financeiro o clube trará.

Quanto aos jogadores, que tal falar menos, se preocupar menos com as redes sociais e retribuir a torcida com vitórias? Repetindo: Clássico é um torneio a parte e vitória SEMPRE é obrigação! Erros individuais nos custarem, mais uma vez a vitória num clássico. A quem não quer mais jogar, que dê espaço a outros. #Feliz2018.

Por: Helton Santos - @HeltonSantos85

 

FICHA TÉCNICA - CRUZEIRO 1x3 Atlético-MG

🏆 Campeonato Brasileiro - 30ª Rodada 🏆

🏟 Mineirão

📍 Local: Belo Horizonte - MG

📅 Data: 22 de Outubro de 2017

🕛 Horário: 17h00

PÚBLICO E RENDA

Presentes: 35.921

Pagantes: 33.112 Renda: R$ 1.060.901,00

CRUZEIRO:

Fábio; Ezequiel, Manoel, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson, Rafinha (Rafael Sóbis, aos 23’ do 2ºT) e Thiago Neves; Alisson (Elber, aos 20’ do 2ºT) e Arrascaeta.

Técnico: Mano Menezes.

atlético-MG:

Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Roger Bernardo (Yago, no Intervalo); Robinho, Valdívia (Cazares, aos 12’ do 2ºT) e Otero (Clayton, aos 22’ do 2ºT); Fred.

Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Gols:

Thiago Neves, aos 30’ do 1ºT

Otero, aos 15’ do 2ºT

Robinho, aos 21’ do 2ºT

Robinho, aos 35’ do 2ºT

🚩 Arbitragem: Diogo Carvalho Silva - RJ (CBF)

🚩 Assistente 1: Rodrigo Nunes de Sá - RJ (CBF)

🚩 Assistente 2: Pathrice Wallace Corrêa Maia - RJ

Cartões Amarelos:

Alisson, Henrique

Leonardo Silva, Robinho, Gabriel

Cartão vermelho:

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