Cruzeiro 1x0 São Paulo: Vitória, 3 pontos e novo gás!
Após a serem eliminados na Sul-Americana, Cruzeiro e São Paulo se enfrentaram no Mineirão e o time celeste levou a melhor. Com muitos desfalques, incluindo as principais contratações, e algumas mudanças, o Cruzeiro foi à campo com Fábio; Lucas Romero, Léo, Dedé e Diogo Barbosa; Henrique e Hudson; Rafinha, Arrascaeta e Alisson; Ramon Ábila. O São Paulo, que também tinha desfalques, iniciou o jogo com Renan Ribeiro; Éder Militão, Maicon e Rodrigo Caio; Thiago Mendes, Jucilei, João Schmidt e Júnior Tavares; Marcinho, Cueva e Lucas Pratto.
Logo no início do jogo, Léo já assustou a torcida errando na marcação e deixando Marcinho livre pela esquerda. Dedé, soberano, aliviou para escanteio. Apesar deste primeiro lance, o jogo se desenrolou com as duas equipes “se estudando”, esperando o adversário em seu campo. O SP jogava em com três zagueiros e 4 meias em linha defensiva. A criação ficava à cargo de Cueva e Marcinho, que em vários lances formava uma linha de três atacantes com Lucas Pratto. Aos 18, em uma bobeira de Romero, o São Paulo teve uma boa chance com Junior Tavares. No Cruzeiro, Mano manteve o seu inseparável 4-2-3-1. Romero atuava pela lateral direita e, ao contrário dos demais da posição, se apresentava em toda saída de bola, sendo boa opção de passe e transição para o ataque. Na frente, Rafinha e Alisson ficaram fixos nas pontas, Arrascaeta flutuava e Ábila ficava entre os zagueiros.
O Cruzeiro criava, mas não ameaçava o gol de Renan Ribeiro. As principais chegadas se davam pela Direita, com Rafinha jogando nas costas de Junior Tavares e Arrascaeta pela esquerda levando muita vantagem sobre Jucilei. Infelizmente aquele “último passe” não saia corretamente. Ábila, que errou muitos passes, desperdiçou uma chance sozinho e cara a cara com o goleiro aos 32. Aos 38, o São Paulo, em um contra-ataque, quase marcou com Cueva, assim como aos 40, em cabeceada de Marcinho. O primeiro tempo terminou em 0x0 com o Cruzeiro vacilando no ataque, errando o último passe e proporcionando ao São Paulo o contra-ataque. Fábio, muito bem colocado, defendeu as finalizações tricolores. Após o apito final, Dedé pedindo apoio da torcida, que ensaiava uma vaia. Atitude de líder.
Para o segundo tempo, Ceni colocou Luis Araújo em lugar de Cueva, partindo para um 4-3-3. A estratégia do são-paulino foi por água abaixo já no primeiro ataque Celeste. O Cruzeiro apertou a saída de bola, Renan Ribeiro bicou pra cima e a bola sairia em lateral. O zagueiro Maicon foi fazer graça, dar um chutão pra longe para retardar o jogo. Henrique, que vinha marcá-lo, com muita inteligência, pediu a bola ao gandula e cobrou rapidamente o lateral para Alisson. O camisa 11 invadiu a área e rolou para Ábila, que se redimiu da incrível chance perdia no primeiro tempo e mandou para as redes! Gol e desta nas arquibancadas.
Abíla e Alisson comemorando o gol celeste
Arrascaeta ainda poderia ter ampliado no ataque seguinte, mas chutou fraco. Em desvantagem, coube ao tricolor se lançar ao ataque, tendo Luis Araújo como principal arma. Ceni trocou Militão por Thomaz aos 5, saindo do esquema com três zagueiros. O São Paulo, também em função da recuada celeste, passou a ter mais posse de bola e finalizações. Mano respondeu aos 20, tirando Rafinha para entrada de Lucas Silva. A intenção era aumentar dar mais poder de marcação ao meio de campo. Mesmo com a alteração, dois jogadores do SP sempre ficavam livres na nossa esquerda da nossa defesa. Aos 25, Romero saiu lesionado para entrada de Lennon e aos 37, Raniel entrou em lugar de Ábila. O Cruzeiro explorava os contra-ataques mas esbarrava na parte física. O desgaste de Alisson, de muito boa partida, e Arrascaeta era visível.
Mano acertou em alterar a equipe visando ganhar o meio de campo, apesar de Rafinha parecer melhor fisicamente que Arrascaeta. As investidas são-paulinas ficaram a cargo do talento individual de Luis Araújo. A zaga mostrou-se muito mais segura com a presença de Dedé e Pratto assistia de camarote os desarmes celestes. Será mesmo que o camisa 26 não tinha condições de atuar na quarta? Na lateral direita, podemos dizer que Romero cumpriu bem o seu papel, fechando aquele lado. Houve lances em que, naturalmente, ele vinha marcar o meio de campo, mas compreensível até pelas poucas oportunidades nesse ano. Lennon, que entrou no decorrer do jogo, decepcionou. Acertou o zagueiro em um lance claro para se cruzar. Não pode! Fábio, por sua vez, mostrou que a lesão pode até lhe ter feito bem. Mais magro, ágil e melhor colocado, voltou ao gol celeste e garantiu a vitória.
E ficou nisso: Fim de jogo, 1x0 Cruzeiro, 3 pontos, quebra de um “tabu” e alívio para a sequência. Vindo de um complicado mês de abril, após a perda do título mineiro e a vexatória desclassificação na Sul-Americana, nada melhor que voltar a vencer um adversário indigesto. Além disso, depois de dois anos estreando com derrotas, voltamos a vencer em estreias do Brasileirão. Jogo a jogo, Cruzeiro! Fizemos nosso “dever de casa” e podemos sim almejar uma vaga na Libertadores. #FechadosComOCruzeiro
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