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Interferência tecnológica no futebol: avanço ou atraso?

A arbitragem é sempre um capitulo a parte no futebol. Raramente um jogo termina sem reclamações contra o homem do apito. Muitos dizem que a profissionalização dos árbitros seria o caminho para a diminuição nos erros que tanto interferem em jogos e até mesmo em campeonatos (Atualmente a grande maioria dos árbitros tem outra profissão). Contudo o preço dessa profissionalização é o que pesa contra. Outra possível solução seria a adoção da tecnologia em lances capitais de um jogo, como já é feito no tênis, no vôlei e em outras competições, porém prós e contras rondam as cabeças de telespectadores e dos responsáveis pelo futebol mundial.

Alguns tipos de tecnologia já foram testados, mas não foram levados adiante pelo alto custo. Um exemplo disso é o chip que faz com que um aparelho no braço do árbitro vibre assim que a bola ultrapassasse a marca fatal, usado até em Copa do Mundo, mas que não foi oficializado por usar uma tecnologia cara. Um exemplo da tecnologia que deu certo é o uso de rádios entre a equipe de arbitragem, mas isso ainda parece pouco. Se o mundo está cada vez mais tecnológico, por que o futebol não acompanha? Por que não usar as imagens de televisão tão esclarecedoras para tirar dúvidas e minimizar erros em uma partida?


O jogo do dia 13 entre Fluminense e Flamengo é um exemplo claro de interferência não oficial da televisão numa decisão do árbitro. Próximo dos 40 minutos do segundo tempo, quando o jogo estava 2x1 para o time rubro-negro, Henrique, zagueiro tricolor, emendou uma cobrança de falta para o gol, em posição irregular. O bandeira prontamente levantou seu instrumento, mas o árbitro Sandro Meira Ricci (sim, aquele mesmo que encaminhou o título brasileiro para o Corinthians naquele "pênalti" de Gil em Ronaldo, num Cruzeiro x Corinthians) validou o gol.


Depois de muita polêmica, pressão dos dois lados e um soprinho salvador vindo de fora do campo, o árbitro resolveu voltar sua marcação e anular corretamente o gol. Mas isso foi certo? Se não é uma ação prevista em regulamento ele poderia ter usado dela? E os outros times que já sofreram gols irregulares não deveriam ter o mesmo direito do Flamengo? E os campeonatos que já tiveram grandes interferências dos homens de amarelo?


Qual o caminho a seguir?


Muitas são as dúvidas. O que é certo é que com a ajuda das imagens de TV, de forma oficial, os erros seriam minimizados e tenderiam a nulo. Erros escandalosos, como o já citado pênalti de Gil em Ronaldo, como a famosa "Mão de Deus" de Maradona contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1990, e o mais recente pênalti de Cássio (Corinthians) em Ábila (Cruzeiro) não marcado, e erros menores, mas também influentes como escanteios transformados em tiro de meta pro adversário, como ocorreram duas vezes contra o Palmeiras e faltas marcadas inversamente, poderiam ser 'facilmente' sanados com o sopro de um "juiz de imagem" que acompanharia todo o jogo do ângulo mais próximo possível. Porém, alguns profissionais de imprensa e até pessoas do alto escalão do futebol mundial, alegam que tal inclusão atrasaria o andamento do jogo e tiraria o "charme" e o fator não esperado dos já habituais erros de arbitragem. Frases como "Roubado é mais gostoso", "Contra time x não é roubo, é reembolso", "Erros de arbitragem nada, isso é mimimi de perdedor" já viraram rotina nos pós jogos. Achar uma forma de usar a tecnologia e que ajude o futebol a evoluir e ficar mais justo e menos propenso a erros talvez seja o maior desafio atual para a cúpula do futebol mundial.


A equipe #DebateZeiros acredita que o uso de um sistema tecnológico bem implementado pode, sim, ser muito bem-vindo no mundo futebolístico. Acreditamos inclusive que, com tal ação, boatos e dúvidas quanto à intenção de determinados árbitros, e até quanto ao favorecimento dos mesmos para determinados times, poderiam ser desconsiderados, fazendo com que o futebol avance e que o mais merecedor e eficiente obtenha os resultados.


Deixem opiniões sobre o tema nos comentários!


Foto: Celso Pupo / Fotoarena

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